Política

Comissão aprova regras para reduzir insalubridade de educadores em presídios

Texto aprovado prevê medidas para garantir ambiente seguro e adicional de insalubridade apenas quando riscos não puderem ser eliminados

28/11/2025
Comissão aprova regras para reduzir insalubridade de educadores em presídios
Flávia Morais: cerca de 50 mil crianças e adolescentes desaparecem todos os anos no País - Foto: Pablo Valadares / Câmara dos Deputados

A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que estabelece regras para combater as condições insalubres enfrentadas por profissionais de educação que atuam em unidades do sistema prisional. O texto determina que as administrações penitenciárias devem garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável, com a obrigação de eliminar ou neutralizar riscos, implementar mecanismos de segurança e oferecer treinamento e equipamentos adequados aos educadores.

O texto aprovado é o substitutivo da relatora, deputada Flávia Morais (PDT-GO), ao Projeto de Lei 2962/25, de autoria do deputado Duda Ramos (MDB-RR). A proposta original previa o pagamento automático do adicional de insalubridade aos profissionais de educação que atuam em presídios, com percentuais calculados sobre o salário-base.

No entanto, o substitutivo alterou esse ponto e passou a estabelecer que o adicional só será devido quando não houver possibilidade de eliminar os riscos no ambiente de trabalho, seguindo as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que determina o cálculo do benefício com base no salário-mínimo.

Condições mínimas garantidas
A deputada Flávia Morais destacou que a proposta “garante condições mínimas de saúde e segurança para educadores que atuam em um ambiente naturalmente mais vulnerável e de alto risco”.

Próximos passos
A proposta será analisada de forma conclusiva pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, o texto ainda precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

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