Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (25), o senador Cleitinho (Republicanos–MG) defendeu a votação da proposta de anistia (PL 5.064/2023) aos presos pelos atos de 8 de janeiro. O parlamentar voltou a afirmar que a medida deve ser “ampla, geral e irrestrita” e criticou a demora na análise do projeto.

Para Cleitinho, o Congresso precisa dar uma resposta à sociedade. O senador também cobrou posicionamento dos parlamentares que utilizaram a imagem do ex-presidente Jair Bolsonaro em suas campanhas eleitorais, destacando que eles deveriam se manifestar favoravelmente sobre o tema.

— Eu deixo claro aqui meu posicionamento favorável à anistia. Espero que todos os senadores e deputados federais que, em 2018 e 2022, como eu, fizeram campanha com Bolsonaro — subiram na garupa dele — tenham o mínimo de hombridade e possam subir aqui, pedir anistia e votar favorável. Espero que o presidente da Câmara, Hugo Motta, e também o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, deixem o processo fluir. Isso aqui é a democracia. O Plenário é soberano. A gente precisa votar a anistia, e não é só pelo Bolsonaro, é por várias pessoas do 8 de janeiro que estão presas injustamente — afirmou.

O senador também defendeu que as sessões do Congresso sejam dedicadas à deliberação de propostas de interesse da população. Cleitinho citou como exemplo o projeto de aposentadoria especial para agentes comunitários de saúde e agentes de combate a endemias (PLP 185/2024), ressaltando que diversas matérias já concluíram os trâmites nas comissões, mas seguem paradas, impedindo avanços que, segundo ele, trariam efeitos imediatos para os trabalhadores.

— Esta Casa custa caro. Todos os dias em que tiver Plenário tem que ter pauta aqui para a gente debater e votar. Eu, Cleitinho, tenho mais de 300 projetos aqui. Sei que vários senadores também protocolam projetos, e todos têm direito de ver suas propostas apreciadas. O que vale aqui é o que está apto a ser votado. É regimental? É legítimo? Então é colocar para votar. Isso é a democracia — reforçou.