O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), manifestou insatisfação diante das notícias de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). Alcolumbre vinha defendendo a escolha do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), seu aliado político.

“Tem que esperar (a indicação), fazer o quê? Se eu pudesse, eu faria a indicação”, afirmou Alcolumbre a jornalistas ao ser questionado sobre o tema.

Segundo apuração do Estadão, Lula reuniu-se com Pacheco para comunicar sua decisão de escolher Messias. O presidente reforçou a expectativa de que Pacheco dispute o governo de Minas Gerais em 2026, mas o senador sinaliza que pode deixar a política ao término de seu mandato.

Após o anúncio oficial do indicado ao STF, caberá ao Senado Federal realizar a sabatina e votar o nome enviado por Lula, que ainda não encaminhou a mensagem à Casa. Nos bastidores, senadores avaliam a possibilidade de a votação ficar para 2026.

Em 2021, quando presidia a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), responsável pela sabatina, Alcolumbre segurou por mais de quatro meses a indicação de André Mendonça ao Supremo. Neste ano, o senador também travou indicações para agências reguladoras, por discordar de nomes apadrinhados por Alexandre Silveira (PSD-MG), ministro de Minas e Energia e seu rival político.