Política
Senado aprova recondução de Paulo Gonet à PGR por 45 votos a 26
Procurador-geral da República permanece no cargo por mais dois anos após votação no Plenário; atuação em processos do 8 de janeiro foi tema central da sabatina
Paulo Gonet permanecerá à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR) por mais dois anos. O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira (12), sua recondução ao cargo, com 45 votos favoráveis e 26 contrários. Para a aprovação, eram necessários ao menos 41 votos, correspondente à maioria absoluta da Casa.
Mais cedo, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já havia aprovado o nome de Gonet, por 17 votos a 10, analisando a mensagem presidencial (MSF 60/2025) sob relatoria do senador Omar Aziz (PSD-AM).
Durante a votação em Plenário, senadores expressaram opiniões divergentes sobre a recondução de Paulo Gonet. O senador Jorge Seif (PL-SC) criticou a atual gestão, classificando-a como "apagada e subserviente", e defendeu um Ministério Público "altivo e independente".
Já a senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) declarou voto favorável, destacando a credibilidade, imparcialidade e compromisso institucional de Gonet. "Ele é um homem honrado. Sua história o dignifica", afirmou.
Sabatina
A sabatina na CCJ concentrou-se principalmente na atuação de Gonet à frente da PGR, especialmente na condução dos processos relacionados aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. Segundo o procurador, a atuação da PGR resultou em 715 condenações e 12 absolvições, com outros 606 casos ainda em andamento.
Parte dos senadores elogiou a postura ética, técnica e discreta do procurador-geral, ressaltando o respeito à Constituição e à lei. Outros, porém, levantaram questionamentos sobre sua independência em relação ao Supremo Tribunal Federal e a condução de investigações sensíveis.
Currículo
Paulo Gustavo Gonet Branco é formado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB), com mestrado pela Universidade de Essex e doutorado pela UnB. Em 1986, foi aprovado em primeiro lugar no concurso para promotor de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal, e, no ano seguinte, também em primeiro lugar para procurador da República. Desde dezembro de 2023, exerce o cargo de procurador-geral da República, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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