Política

TSE retoma nesta terça-feira julgamento que pode cassar governo de Roraima

Governador Antônio Denarium e vice, Edson Damião, são acusados de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022

10/11/2025
TSE retoma nesta terça-feira julgamento que pode cassar governo de Roraima
Antônio Denarium (PP) - Foto: Reprodução / Internet

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma nesta terça-feira, 11, o julgamento que pode resultar na cassação do mandato do governador de Roraima, Antônio Denarium (PP), acusado de abuso de poder político e econômico.

Denarium foi condenado quatro vezes pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR) em 2023, por práticas ilícitas durante as eleições de 2022. Apesar das condenações, ele permanece no cargo enquanto os recursos são analisados, graças à suspensão temporária do processo.

O caso já havia sido incluído na pauta do TSE em agosto, mas a análise foi interrompida logo após o voto da relatora, ministra Isabel Gallotti, devido a um pedido de vista do ministro André Mendonça.

Em nota, a assessoria do governador afirmou que ele segue "confiando na Justiça, nas instituições e em todos que, assim como nós, acreditam em um Estado melhor para viver, trabalhar e empreender".

Nas redes sociais, Denarium destacou avanços do estado: "Um Estado que se destaca no Brasil com o maior crescimento do PIB, a maior redução do número de homicídios, com aumento da área plantada e do rebanho bovino".

Na mesma sessão, será julgado também o vice-governador Edson Damião (Republicanos), acusado dos mesmos crimes. A ministra Isabel Gallotti destacou que o número de beneficiários do programa "Cesta da Família" aumentou 400% em 2022, saltando de 10 mil para 50 mil pessoas atendidas.

Em seu voto, Gallotti ressaltou ainda o programa "Morar Melhor", voltado à reforma de moradias de famílias de baixa renda, afirmando que se tratou de "um engenhoso expediente que culminou na criação de novos programas em ano eleitoral, com dividendos eleitorais em favor do candidato à reeleição ao governo do Estado".