O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou pesar pela morte do ex-deputado estadual e histórico dirigente petista Paulo Frateschi, ocorrida nesta quinta-feira, 6. Segundo informações da Polícia Militar de São Paulo, Frateschi, de 75 anos, foi esfaqueado pelo próprio filho, chegou a ser socorrido e levado ao Hospital das Clínicas em parada cardiorrespiratória, mas não resistiu aos ferimentos.

Em publicação na rede social X (antigo Twitter), Lula lamentou a perda de um "grande e leal companheiro", com quem compartilhou "décadas de lutas por um Brasil mais justo".

"Paulo Frateschi sempre uniu sua simpatia e sua capacidade agregadora a uma grande coragem. Desafiou com bravura o autoritarismo. Foi perseguido pela ditadura militar. Mas venceu. Ajudou o Brasil a reconquistar a sua democracia. E atuou na fundação e consolidação do Partido dos Trabalhadores, do qual foi um grande dirigente", escreveu o presidente.

Lula destacou ainda que "Paulo fará muita falta a todos nós que tivemos o privilégio de andar lado a lado com ele" e que "sua lembrança e seus exemplos de dedicação e compromisso com a construção de um país melhor para todos sempre iluminarão nossas mentes e corações". O presidente também prestou solidariedade à esposa de Frateschi, Yolanda, familiares e amigos: "Eu e Janja deixamos um abraço carinhoso e solidário nesse momento tão doloroso".

Amigo pessoal de Lula, Paulo Frateschi foi preso e torturado durante a ditadura militar, em 1969. Atuou como vereador e deputado estadual em São Paulo entre 1983 e 1987, presidiu o diretório paulista do PT e foi peça-chave na organização das caravanas de Lula pelo Brasil, em 2018.

Após a saída de Lula da prisão, em 2019, o presidente chegou a se hospedar por alguns dias na casa de Frateschi, em Paraty (RJ). Em uma das caravanas do PT, em São Miguel do Oeste (SC), Frateschi chegou a ser ferido por uma pedrada ao tentar proteger Lula.