Política

Comissão aprova obrigação de detalhamento de recursos orçamentários destinados à mulher

Projeto de lei prevê transparência nos valores destinados a ações e programas voltados ao público feminino em todas as esferas de governo

06/11/2025
Comissão aprova obrigação de detalhamento de recursos orçamentários destinados à mulher
Dayany Bittencourt é a relatora do projeto - Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que institui o “Orçamento da Mulher”, com o objetivo de obrigar a administração pública a detalhar os valores orçamentários previstos para ações e programas de atendimento às mulheres.

Pela proposta, essas informações deverão constar em quadro anexo aos projetos de leis orçamentárias e, posteriormente, nos relatórios de execução de cada esfera de governo — federal, estadual, distrital e municipal.

O texto aprovado é o substitutivo da relatora, deputada Dayany Bittencourt (União-CE), ao Projeto de Lei 2883/24, de autoria dos deputados Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e Laura Carneiro (PSD-RJ). A relatora fez ajustes para adequar a proposta às normas fiscais e constitucionais.

“O projeto é importante para fortalecer o controle social de programas e políticas voltados às mulheres. Contudo, necessita de ajustes”, observou a relatora.

O substitutivo altera o prazo de divulgação dos dados de execução: em vez de relatórios trimestrais, o Quadro Anexo de Execução (denominado Orçamento Mulher – Execução) deverá ser publicado bimestralmente, na mesma data do Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO).

O texto também retira a menção a um ministério específico para a consolidação dos dados nacionais e determina que os relatórios apresentem gastos com educação, saúde e assistência social, além de outras ações em que as mulheres sejam beneficiárias diretas.

Próximas etapas
O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.