Política

Hugo Motta anuncia votação de propostas contra facções e defende papel do Mercosul no combate à violência

Presidente da Câmara destaca prioridade para projetos que endurecem penas contra o crime organizado, pede responsabilidade no debate público e propõe protagonismo regional no enfrentamento à violência.

05/11/2025
Hugo Motta anuncia votação de propostas contra facções e defende papel do Mercosul no combate à violência
Hugo Motta durante o I Fórum de Buenos Aires - Foto: Reprodução YouTube

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que os parlamentares devem analisar, na próxima semana, propostas voltadas ao combate às facções criminosas.

“Até a próxima sexta-feira, a Câmara vai anunciar a decisão sobre o projeto do Ministério da Justiça que trata do combate às facções criminosas, além de outras duas propostas que equiparam esses crimes ao terrorismo. Na próxima semana, já vamos enfrentar essa agenda. A segurança pública do Brasil não pode mais parar”, declarou Motta.

O presidente da Câmara pediu às lideranças políticas e ao governo federal que o debate sobre segurança pública seja conduzido com responsabilidade e não se torne palanque político.

“A sociedade deve cobrar de nós resultados práticos e leis que endureçam as penas, respeitem os direitos humanos e mostrem que as instituições brasileiras enfrentarão o crime organizado com firmeza. Não vamos abrir mão dessa agenda”, enfatizou.

Hugo Motta informou ainda que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18/25, que trata da segurança pública, deve ser votada até o fim do ano.

Mercosul

Motta também defendeu que o Mercosul assuma protagonismo no debate regional sobre segurança e combate à violência.

“Não há como termos um continente desenvolvido sem o controle das forças de segurança. Na América Latina, convivemos com uma realidade difícil, com países que enfrentam a presença de narcoestados. O Brasil, embora não seja grande produtor de drogas, tornou-se rota de exportação para outros continentes”, observou.

Inteligência artificial

O presidente destacou ainda os desafios enfrentados pelos parlamentos diante da polarização política e do avanço das tecnologias digitais, como a inteligência artificial.

“Até o fim do ano, devemos aprovar uma lei brasileira sobre inteligência artificial, que incentive a inovação e respeite os direitos fundamentais. Os parlamentos ainda buscam formas de lidar com essa nova realidade, que não tem receita pronta”, afirmou.

Motta ressaltou que a Câmara tem buscado evitar radicalizações para garantir a entrega de propostas relevantes à sociedade.

“O Parlamento precisa se sintonizar com os novos tempos, ser mais eficaz e equilibrar responsabilidade fiscal com investimentos em áreas essenciais”, completou.

Entre as propostas já aprovadas pela Câmara, ele destacou a Lei de Licenciamento Ambiental, o novo Sistema Nacional de Educação e o ECA Digital.

As declarações foram feitas durante painel no I Fórum de Buenos Aires, realizado na Faculdade de Direito de Buenos Aires.