Política

Comissão aprova assistência técnica gratuita para moradias em áreas de habitação social

Projeto de lei prevê apoio profissional em arquitetura e engenharia para famílias de baixa renda, integrando políticas de habitação, saneamento e sustentabilidade

05/11/2025
Comissão aprova assistência técnica gratuita para moradias em áreas de habitação social
Cobalchini preside debate na Comissão de Agricultura - Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 3598/25, que prevê a inclusão de assistência técnica pública e gratuita nos instrumentos de planejamento urbano — como planos diretores, programas habitacionais e projetos de urbanização ou regularização fundiária — destinados às Áreas de Habitação de Interesse Social (AHIS), regiões urbanas voltadas prioritariamente à moradia de famílias de baixa renda.

Pela proposta, poderão receber o benefício famílias com renda mensal de até três salários mínimos (R$ 4.506) que residam ou venham a residir em unidades habitacionais localizadas em AHIS.

O objetivo do projeto é garantir apoio técnico profissional de arquitetura, urbanismo e engenharia às famílias atendidas por políticas habitacionais, abrangendo desde a elaboração de projetos e acompanhamento de obras até a regularização de moradias de interesse social.

Equipes regionais
A assistência técnica poderá ser oferecida por equipes públicas municipais, estaduais ou distritais, em parceria com universidades, conselhos profissionais e organizações da sociedade civil, ou ainda por meio de contratação via editais específicos.

O relator da proposta, deputado Cobalchini (MDB-SC), defendeu a aprovação do texto de autoria do deputado Duda Ramos (MDB-RR). “A proposta fortalece a integração das políticas públicas de habitação com as de saneamento, acessibilidade, mobilidade e sustentabilidade ambiental, além de reduzir riscos estruturais e sanitários nas moradias de baixa renda, ao assegurar acompanhamento técnico especializado”, afirmou.

A medida também determina que os planos e projetos urbanos considerem a integração da assistência técnica com outras políticas públicas, como saneamento, acessibilidade, mobilidade e sustentabilidade ambiental. Além disso, prevê estimativa de demanda, capacidade técnica necessária e previsão orçamentária para sua execução.

Próximos passos
A proposta, que tramita em caráter conclusivo, será agora analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.