Política
Comissão da Câmara aprova uso de armas de alto calibre por seguranças privados
Projeto de lei amplia permissão para armamento restrito em serviços de alto risco, com fiscalização da Polícia Federal e do Exército Brasileiro
A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que autoriza o uso de armas de calibre restrito por profissionais da segurança privada durante o exercício de suas funções. A medida altera o Estatuto da Segurança Privada.
Atualmente, a legislação permite a vigilantes e empresas do setor apenas o uso de armas de calibres comuns. O emprego de armamento de alto calibre só é autorizado em situações excepcionais, como escolta armada e transporte de valores, mediante autorização específica do Exército.
Com a proposta aprovada, essa exceção passa a ser prevista em lei. O uso de armas de calibre restrito será permitido conforme regulamentação da Polícia Federal e autorização do Comando do Exército Brasileiro, órgão responsável pelo controle de produtos e armamentos militares.
A autorização se aplicará exclusivamente a serviços considerados de alto risco, como escolta armada, transporte de valores, segurança de instituições financeiras, proteção de pessoas, instalações sensíveis e infraestruturas críticas, incluindo portos, refinarias, usinas e centros de energia.
O texto aprovado na comissão é um substitutivo do relator, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), ao Projeto de Lei 3075/25, de autoria do deputado Delegado da Cunha (PP-SP). O relator manteve o conteúdo central da proposta original, mas transferiu a competência para autorizar o uso de armas de alto calibre da Polícia Federal para o Exército Brasileiro.
“A alteração proposta visa preservar a coerência normativa e evitar sobreposição de competências entre os órgãos responsáveis pelo controle e fiscalização de armamentos no país, assegurando maior segurança jurídica e técnica à aplicação da futura norma”, justificou Bilynskyj.
O texto também determina que os profissionais deverão ter capacitação técnica específica, comprovada por curso reconhecido pela Polícia Federal, e que as empresas de segurança privada mantenham controle individualizado das armas utilizadas. A fiscalização continuará sob responsabilidade da Polícia Federal e do Exército Brasileiro.
Além disso, a proposta proíbe o uso de revólveres por profissionais da segurança privada em serviço, independentemente do calibre.
A matéria tramita em caráter conclusivo e ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ). Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
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