Política
Luciano Huck resgata críticas de FHC ao Congresso e defende mudança no sistema político

O apresentador Luciano Huck criticou o sistema político do Brasil neste sábado, 5, no seu perfil do X (antigo Twitter). Resgatando um trecho da participação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no programa Roda Viva em 1993, onde critica o Congresso Nacional, Huck afirmou que o "presidencialismo de coalizão virou um presidencialismo de colisão" e defendeu uma mudança, sem especificar qual.
No trecho, FHC, que ocupava o cargo de ministro das Relações Exteriores, afirma que o sistema político do Brasil era "confuso" por causa do aumento do poder do Congresso. A entrevista aconteceu nas vésperas do plebiscito de 1993, que escolhia o sistema político do Brasil.
"O regime (político) atual nosso não é nem presidencialista, nem parlamentarista, é um 'congressualismo' confuso, no qual o Congresso aumentou muito o poder para dizer não, para vetar, mas não aumentou a sua responsabilidade na decisão", diz FHC no vídeo.
O plebiscito foi determinado após a redemocratização do Brasil. A maioria dos eleitores votou a favor do regime republicano e do sistema presidencialista, maneira pela qual o País havia sido governado desde a Proclamação da República em 1889.
Na postagem, Huck diz que a resposta de FHC permanece nos dias de hoje. "Quando um diagnóstico pensado há 32 anos - por alguém com conhecimento de causa e bom senso como o presidente FHC - continua atual, é sinal de que falhamos em construir soluções", escreveu.
"Ainda dá tempo de mudar. O desafio agora é resgatar o bom senso e o diálogo, antes que vire apenas um presidencialismo de confusão", acrescentou.
A declaração de Huck, que cogitou ser candidato à presidência nas eleições de 2018 e 2022, é realizada em meio ao embate entre o governo Lula e o Congresso Nacional em torno dos decretos que tratam sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O Congresso derrubou os decretos do governo, que respondeu com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF, determinou a suspensão dos decretos e do veto do Congresso e agendou uma audiência de conciliação entre o Executivo e o Legislativo sobre o tema no dia 15.
As divergências entre os dois Poderes também mobilizaram embates nas redes sociais, com uma campanha de membros do governo com críticas ao Congresso, sobretudo ao presidente Hugo Motta (Republicanos).
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