Política
Com pai investigado, Flávio Bolsonaro ironiza gastos de Lula com viagens: 'podia dormir em embaixada'
O senador Flávio Bolsonaro sugeriu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durma em embaixadas durante suas viagens internacionais. A fala, em tom irônico, aconteceu durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um novo benefício salarial para juízes, magistrados e promotores. O pai do parlamentar, o ex-presidente Jair Bolsonaro, está sendo investigado por passar dois dias na embaixada da Hungria, em Brasília, após ter seu passaporte apreendido durante uma operação da Polícia Federal em que apurava uma tentativa de golpe de Estado.
— Estou emocionado em ouvir a base do governo Lula falando em responsabilidade fiscal. Quase que eu puxo umas palmas porque a realidade é tão distante da narrativa. Nem nos pequenos exemplos o governo Lula se preocupa com o dinheiro público. Basta ver os passeios internacionais de Lula. Não se preocupa um segundo em dar exemplo e de repente ir dormir em uma embaixada ou em um quartel militar — afirmou o senador.
A permanência em uma embaixada, no entanto, se tornou um problema para o pai do político, Jair Bolsonaro, que está sendo investigado pela Polícia Federal. Os investigadores querem esclarecer as circunstâncias em que o ex-presidente permaneceu hospedado na representação diplomática entre os dia 12 a 14 de fevereiro para verificar se houve tentativa de fuga.
A ida de Bolsonaro para a embaixada húngara ocorreu quatro dias depois de ele ter o passaporte apreendido pela PF em uma operação que o investiga por tramar um golpe de Estado após as eleições de 2022. O caso foi revelado pelo jornal norte-americano The New York Times. A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou não ter visto indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) buscava asilo político.
Como justificativa para a hospedagem na embaixada, os advogados pontuaram que, apesar de não ter mais mandato, Bolsonaro continua com uma "agenda de compromissos políticos extremamente ativa", o que inclui encontros com "lideranças estrangeiras alinhadas com o perfil conservador".
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