O prefeito de Urussanga (SC), Luis Gustavo Cancellier (PP), e os vereadores Elson Roberto Ramos (MDB) e Thiago Mutini (Republicanos) foram presos preventivamente nesta terça-feira em desdobramento da Operação Terra Nostra. Cancellier é o 19º prefeito preso no estado de Santa Catarina em apenas dois anos.

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Além dos políticos, um ex-servidor comissionado também foi detido. A investigação procura apurar os crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, uso indevido da renda pública e contratação direta fora das hipóteses legais.

A primeira fase da operação ocorreu em março deste ano, quando policiais investigavam um possível superfaturamento na aquisição de um imóvel por parte da prefeitura. Com o avanço das investigações, a polícia pode constatar que ao menos duas propriedades haviam sido adquiridas dessa maneira.

Em nota, o presidente da Câmara Municipal de Urussanga, Luan Francisco Varnier (MDB), afirmou que recebeu a notificação do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) comunicando a prisão preventiva do prefeito e dos vereadores.

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"No despacho a desembargadora e relatora do caso no TJ-SC informa ainda a proibição de três outros servidores da prefeitura de acessarem ou frequentarem a Câmara de Vereadores. Diante da decisão, o Legislativo Municipal vai tomar as ações necessárias para cumprimento das medidas judiciais e o pronto reestabelecimento da normalidade dos serviços", completou a nota.

A defesa do prefeito informou em comunicado ao g1 que irá se manifestar somente após acessar o processo, mas afirma que a inocência de Cancellier "será demonstrada, não sem antes seja restituída sua liberdade".

Outras prisões

O último prefeito catarinense a ser preso foi Ari Bagúio (PL), da cidade de Ponte Alta do Norte. Ele foi preso na Operação Limpeza Urbana, desdobramento da Operação Mensageiro, de dezembro de 2022, que deteve 16 prefeitos de Santa Catarina em pouco mais de um ano.

A investigação mirou um suposto esquema de corrupção envolvendo a contratação de serviços de limpeza urbana em cidades de várias regiões do estado.

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Somente Douglas Elias Costa (PL), prefeito de Barra Velha, não foi detido por conta da operação. Ele havia sido preso em outra investida do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) contra corrupção. Costa é acusado de desvio de recursos públicos para a construção de uma ponte na cidade.

Veja a lista dos 19 prefeitos presos:

Luiz Gustavo Cancellier (PP)

Ari Bagúio (PL), de Ponte Alta do Norte

Douglas Elias Costa (PL), de Barra Velha

Luiz Henrique Saliba (PP), de Papanduva

Antônio Rodrigues (PP), de Balneário Barra do Sul

Antônio Ceron (PSD), de Lages

Vicente Corrêa Costa (PL), de Capivari de Baixo

Marlon Neuber (PL), de Itapoá

Joares Ponticelli (PP), de Tubarão

Luiz Carlos Tamanini (MDB), de Corupá

Deyvisonn de Souza (MDB), de Pescaria Brava

Armindo Sesar Tassi (MDB), de Massaranduba

Adriano Poffo (MDB), de Ibirama

Adilson Lisczkovski (Patriota), de Major Vieira

Patrick Corrêa (Republicanos), de Imaruí

Luiz Divonsir Shimoguiri (PSD), de Três Barras

Luiz Antonio Chiodini (PP), de Guaramirim

Alfredo Cezar Dreher (Podemos), de Bela Vista do Toldo

Felipe Voigt (MDB), de Schroeder

* Estagiária sob supervisão de Cibelle Brito