Política
Moraes vota para condenar mais oito réus pelos atos de 8 de janeiro
Ministro propôs penas que variam de 3 a 17 anos de prisão, além do pagamento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, votou nesta sexta-feira para condenar mais oito réus pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Na ocasião, foram invadidas e depredadas as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Nas ações, o magistrado propôs penas que variam de 3 a 17 anos de prisão, além do pagamento de R$ 30 milhões por danos morais coletivos.
Os processos foram abertos a partir de denúncias da Procuradoria-Geral da República pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Para Raquel de Souza Lopes, de Joinville, Santa Catarina, Moraes votou por uma pena de 17 anos. Segundo a PGR, ela teria atuado na depredação do Palácio do Planalto, mas seu advogado pediu a absolvição alegando que ela apenas entrou no Palácio do Planalto, o que não comprova que cometido crimes.
Para Felipe Feres Nassau, de Brasília, o ministro propôs pena de três anos. De acordo com a PGR, o rapaz compunha o grupo que invadiu a sede do Poder Executivo. No processo, sua defesa afirmou, no entanto, que a denúncia é genérica e que os temas trazidos não foram apreciados.
Já para Cibele da Piedade Ribeiro da Costa Mateos, de São Paulo, Moraes votou por uma pena de 17 anos, já que ela faria parte do grupo de pessoas que praticou atos de vandalismo no Planalto. Seus advogados argumentam não haver provas suficientes dos crimes.
Em seu voto, Moraes propôs a Charles Rodrigues dos Santos, de Serra, no Espírito Santo, uma pena de 14 anos. De acordo com a PGR, ele invadiu e depredou a sede do Planalto e depredou o prédio. Em interrogatório, ele negou crimes e afirmou ter entrado no local apenas para se abrigar.
Para Orlando Ribeiro Júnior, de Londrina, no Paraná, o magistrado votou por uma pena de três anos. Na ação, ele negou participação nos atos de vandalismo e afirmou ter entrado em um dos prédios públicos apenas para se abrigar das bombas de gás.
Acusado pela PGR de atuar na destruição do Planalto, Gilberto Ackermann, de Balneário Camboriu, em Santa Catarina, teve proposta uma pena de 17 anos por Moraes. Ele também negou os crimes.
Fernando Placido Feitosa, de São Paulo, recebeu do magistrado voto por uma pena de 17 anos. Preso em flagrante por policiais militares do Distrito Federal, ele também negou os crimes.
Já Fernando Kevin da Silva de Oliveira Marinho, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, teve uma pena proposta por Moraes de 17 anos pela suposta depredação do Palácio do Planalto. Como os demais, ele também alegou inocência.
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