Política
Bolsonaro afirma que reflexos de ataques de 8 de Janeiro esvaziaram manifestação antiaborto
Em agenda no fim de semana em Belo Horizonte, ex-presidente comparou quantidade de manifestantes em relação à campanha de 2022
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) creditou a redução do público presente no evento em Belo Horizonte, realizado neste domingo, como um reflexo dos atos de 8 de janeiro. De acordo com Bolsonaro, que visita a capital mineira neste fim de semana, parte dos manifestantes que estiveram em Brasília no início do ano entraram em uma "arapuca da esquerda", numa tentativa de vincular os ataques golpistas ao novo governo.
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O ex-presidente fez a declaração durante sua participação na "Marcha a Favor da Vida", contra a descriminalização do aborto, na Praça da Liberdade:
— Creio que a diminuição do número de pessoas vai pelo temor do que aconteceu no 8 de janeiro. Agora lá eram brasileiros patriotas que foram se manifestar, entraram em uma arapuca, numa armadilha patrocinada pela esquerda. E hoje muitos irmãos nossos estão sendo condenados por esses atos. Reprovo, sim, a dilapidação de patrimônio público, mas não justifica a pena — disse Bolsonaro.
Declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho, o ex-presidente cumpre agenda política em Belo Horizonte desde a última sexta-feira. Neste domingo, Bolsonaro estava acompanhado de Michelle Bolsonaro e de nomes do PL do estado, como o deputado federal Nikolas Ferreira e o deputado estadual Bruno Engler. Engler tenta se cacifar para disputar a eleição para prefeitura de 2024.
No sábado, Bolsonaro se encontrou o governador Romeu Zema num aceno ao aliado. O encontro ocorre em meio a ataques de aliados e filhos do ex-presidente ao governador mineiro. Os dois posaram juntos para fotos e minimizaram desavenças.
Pauta de costumes
Nos últimos compromissos, o casal Bolsonaro tem reforçado discursos da pauta de costumes. A ex-primeira-dama havia feito um longo discurso neste sábado, durante o encontro regional do PL Mulher, com críticas a votação no Supremo Tribunal Federal (STF) pela descriminalização do aborto. Neste domingo, na Praça da Liberdade, tanto Bolsonaro como Michelle voltaram a tratar do assunto.
Antes de se aposentar, a ministra Rosa Weber colocou na pauta da Corte e votou favorável ao pedido pela descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação. A votação foi suspensa em seguida e não há previsão de ser pautada pelo novo presidente do STF, o ministro Luis Roberto Barroso.
— Isso (o julgamento no STF sobre a descriminalização) não prosperará lá no Supremo, apesar da maioria ser a favor do aborto — disse Bolsonaro neste domingo.
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No dia anterior, Michelle mostrou uma reprodução de um feto na 12ª semana de gestação, e criticou a ex-ministra Rosa Weber:
— Uma ex-juíza já deixou seu voto de morte! (...) Peço aos ministros que não sujem a espada da justiça com o sangue de inocentes. Somos contra o aborto — discursou.
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