Política
Após votar contra aumento de imposto sancionado por Zema, bolsonarista deixa vice-liderança do governo
Bruno Engler é pré-candidato à prefeitura de BH pelo partido de Bolsonaro; movimentação ocorre em meio à crítica do núcleo do ex-presidente ao governador
Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro e nome mais cotado para concorrer à prefeitura de Belo Horizonte no ano que vem pelo Partido Liberal, o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) foi retirado da vice-liderança de Romeu Zema (Novo) na Assembleia Legislativa. O movimento de revés ocorre após o parlamentar ter votado contra uma proposta cara ao governador.
Na semana passada, por 31 votos a 27, Zema aprovou com resistência a alíquota adicional de 2% no ICMS de produtos considerados "supérfluos". A proposta foi alvo de críticas dentro e fora do Parlamento por ter aumentado a tributação de itens como cerveja e smartphone.
Entre os cinco vice-líderes do governador, Zé Laviola (Novo) também se posicionou contra a proposta. Procurado pelo GLOBO, o governo não deu versão oficial para a saída de Engler. A expectativa é de que outro nome do PL assuma a vaga.
Desde semana passada, Zema é alvo de apoiadores de Bolsonaro. O movimento teve início há quinze dias, no evento conservador CPAC Brasil. Na ocasião, o governador discursou em prol da união da direita. Posteriormente, foi acusado de hipocrisia por interlocutores como o ex-secretário Fabio Wajngarten por nem sempre ter sido fiel ao ex-presidente.
"O presidente @jairbolsonaro vem sendo perseguido desde janeiro 23. Não tem nenhuma ligação no meu celular, que está à disposição 24/7 ligado, de ninguém pregando união, nem oferecendo solidariedade, nem sugestão, nem nada. É tudo jogo de oportunismo político", escreveu no Twitter.
Na segunda-feira seguinte, Zema disse, em evento, ser "diferente" de Bolsonaro e deu uma alfinetada:
— Em Minas Gerais, apesar de nós termos 320 mil funcionários públicos, eu não tenho nenhum parente (lotado em cargo público). Então, também temos aí uma diferença. Família para lá, negócios e carreiras para cá. São diferenças — afirmou.
A declaração não agradou os filhos de Bolsonaro que chamaram o governador de "insosso e malandro". A crítica mais recente ocorreu nesta quarta-feira, quando Carlos Bolsonaro respondeu uma reportagem do GLOBO sobre o aumento de tributação em Minas. "O isentão nunca decepciona", disse o vereador.
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