Política
Do ataque às urnas a reunião com Exército delatada por Cid: a trama golpista que envolve Bolsonaro
Documentos colhidos e depoimentos prestados detalham, em ordem cronológica, ataques antidemocráticos ao redor do ex-presidente
De acordo com delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o ex-presidente Jair Bolsonaro participou de uma reunião no ano passado com a cúpula do Exército para discutir uma minuta de golpe que possibilitaria a intervenção militar. A informação foi obtida pela colunista do GLOBO Bela Megale. O encontro, no entanto, não é o único indício de que um plano de golpe foi cogitado pelo ex-mandatário. Documentos colhidos e depoimentos prestados até o momento em investigações que miram Bolsonaro revelam as investidas golpistas que antecederam os ataques do 8 de janeiro.
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Diante da profusão de enredos revelados, O GLOBO reuniu em uma linha do tempo os momentos-chave para as apurações em curso contra Bolsonaro. As alegações feitas pelo hacker Walter Delgatti Neto, que atribuiu ao ex-presidente orientações para manipular urnas eletrônicas, são algumas das acusações mais recentes a compor a trama.
Outros personagens também foram centrais para as investigações. Buscas e apreensões que miraram o ex-ministro da Justiça Anderson Torres revelaram, em janeiro, a existência de uma minuta golpista com o objetivo de reverter o resultado da eleição. Documentos com outros planos para o mesmo fim foram encontrados no celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o coronel Mauro Cid, como uma minuta de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e “estudos” que, segundo os investigadores, eram destinados a dar suporte a um eventual golpe de estado.
Já o senador Marcos do Val (Podemos-ES) relatou um encontro sigiloso, em dezembro, com a presença do ex-presidente, no qual foi abordado um plano para gravar clandestinamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Em outra frente, a PF prendeu Silvinei Marques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e apontou suspeitas de que a corporação fez propositalmente mais blitzes em regiões onde Lula teve melhor desempenho no primeiro turno da disputa presidencial de 2022, com objetivo de afetar a votação de segundo turno.
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