Política
Expulso do Solidariedade, advogado da gafe do 'Pequeno Príncipe' reage: 'Grato pelo período'
Hery Kattwinkel afirmou que ter confundido a obra de Antoine de Saint-Exupéry com 'O Príncipe' de Maquiavel foi um 'erro meramente formal frente ao calor do momento'
Após ter sido expulso do Solidariedade, o advogado Hery Kattwinkel, responsável pela defesa de um dos réus do oito de janeiro, afirmou que recebeu a notícia com "tranquilidade e respeito". Em nota divulgada à imprensa, o profissional que recebeu duras críticas por sua sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF) demonstrou gratidão ao partido.
Quem é Hery Kattwinkel? expulso de partido e apoiador de Tarcísio, o advogado que confundiu 'O Pequeno Príncipe' com 'O Príncipe' de Maquiavel
'O Pequeno príncipe' e choro: as defesas inusitadas dos advogados dos réus do 8 de janeiro no STF
— Estando lá pude observar que as diretrizes que o partido defende não são as mesmas que eu defendo. De toda forma, eu sou grato pelo período que estive no partido — afirmou.
Durante a defesa de Thiago de Assis Mathar, Hery Kattwinkel virou alvo de memes por ter confundido a obra de Maquiavel "O Príncipe", com o livro "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry:
— Disse o pequeno príncipe: os fins justificam os meios. E podemos passar por cima de todos — afirmou.
Em posicionamento divulgado, o advogado rebateu os "ataques" e disse que cometeu um erro "formal".
— O fato de errar o nome do livro que tanto atacam é uma questão tranquila e natural para qualquer pessoa, uma vez que sei do potencial jurídico de nosso escritório e se trata de um erro meramente formal frente ao calor do momento, corrigido logo em seguida — alegou Hery Kattwinkel.
A defesa do segundo réu
Hery Kattwinkel foi o responsável pela defesa do segundo réu do 8 de janeiro, Thiago de Assis Mathar, que terminou condenado pela Corte em 14 anos. Durante a sua sustentação oral, o advogado cometeu deslizes e fez uma defesa pautada na opinião.
Ao final, o ministro Alexandre de Moraes fez duras críticas ao profissional:
— É patético e medíocre que um advogado suba à Tribuna do STF com um discurso de ódio com um discurso para postar depois nas redes sociais, porque veio aqui para agredir o STF, talvez pretendendo ser vereador no ano que vem — disse o ministro.
Moraes ironizou a confusão e disse que o defensor não deve ter lido nenhuma das duas obras, usando a citação com base em "buscas do Google".
— O advogado não analisou absolutamente nada, porque o advogado preparou um discursinho para postar nas redes sociais. Hoje os alunos que vieram ver a sessão, tiveram uma aula do que um advogado constituído não deve fazer para prejudicar o seu constituinte e fazer uma média com os patriotas. E só não é mais triste porque confundiu "O Príncipe", de Maquiavel, com "O Pequeno Príncipe".
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