Política
Assessor e ex-segurança de Bolsonaro deixa a prisão após quatro meses, diz defesa
Max Guilherme foi preso junto com o tenente-coronel Mauro Cid por suposta participação no caso da falsificação de dados da vacinação do ex-presidente
O ex-sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro Max Guilherme Machado de Moura, que atua na assessoria do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixou a prisão nesta quinta-feira. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou como condicionante o uso de tornozeleira eletrônica. A soltura foi informada pelo advogado Admar Gonzaga, que defende Max Guilherme.
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Segundo o defensor, o assessor de Bolsonaro já passou a noite em casa.
— Foi uma decisão razoável. Não havia motivação alguma para ele estar sob custódia — disse Gonzaga.
Max Guilherme estava preso preventivamente desde 3 de maio em um inquérito que apura a inserção de dados falsos na carteira de vacinação do ex-presidente e de pessoas do seu entorno. No mesmo caso, também foi detido o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, que permanece preso.
Ex-sargento da Polícia Militar do Rio, Max foi integrante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e acompanha Bolsonaro desde os tempos em que ele era deputado federal. Ele é apontado como um dos assessores mais próximos e leais ao ex-presidente: foi seu auxiliar e segurança durante todo o mandato e permanece entre os oito assessores aos quais o ex-presidente tem direito a manter.
De acordo com as investigações da PF, a suposta falsificação nos certificado de vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) tinha como objetivo viabilizar a entrada dos envolvidos nos Estados Unidos, driblando as exigências da imunização obrigatória.
Segundo a PF, o objetivo do grupo seria "manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas" e "sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19". O ex-presidente e Max Guilherme negam as irregularidades.
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