Política
CPI do MST: após depoimento de Stédile, Kim Kataguiri aciona MPF por falso testemunho
Deputado apresentou notícia crime por ter questionado líder do MST sobre uma senhora que teria sido expulsa do MST; Stédile negou conhecimento, mas já havia comentado o caso em entrevista
O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) encaminhou nesta terça-feira uma notícia crime ao Procurador-Geral do Distrito Federal em detrimento do líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), João Pedro Stédile. O parlamentar acusa Stédile de crime de falso testemunho em depoimento na CPI do MST.
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O acionamento diz respeito a um momento do colegiado em que Kataguiri questionou o líder sobre uma senhora que teria sido expulsa do movimento social em Sobradinho, no DF, e afirma ter vivido em condição análoga à escravidão. Na ocasião, Stédile negou ter conhecimento sobre a denúncia.
O deputado alegou, no entanto, que o líder já havia comentado o caso em entrevista ao Flow Podcast.
— Por que o senhor deu uma entrevista para o flow citando especificamente um caso desta CPI, que é o caso do Distrito Federal, o que significa que o senhor mentiu — afirmou Kim Kataguiri na CPI.
Em junho, ao Flow, Stédile afirmou que a senhora em questão causava problemas, era oportunista e, por isso, foi expulsa do movimento.
Em documento obtido pelo GLOBO, o deputado pede ao Ministério Público Federal que ofereça denúncia contra Stédile por ter "mentido" em depoimento.
"O depoente valeu-se de uma espécie de jogo semântico para dizer que não tinha ciência dos fatos. Ele afirma que teve ciência “depois que vocês falaram”. O “vocês” se refere à CPI. Ou seja, em 2 de junho de 2023, o depoente já teve ciência dos fatos, porque eles foram devidamente analisados na CPI e receberam cobertura midiática, o que fez com que o depoente os conhecesse. Na reunião de 15/8/2023, obviamente, o depoente ainda sabia dos fatos. Perguntado, no entanto, se os conhecia, disse que não", diz trecho da representação.
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