Política
Magno Malta manifesta apoio ao 'marco temporal' para terras indígenas
O senador Magno Malta (PL-ES) defendeu na terça-feira (6) em Plenário o estabelecimento de um "marco temporal" para as terras indígenas, conforme aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados. Para o senador, o Brasil pode se tornar uma "área demarcada onde apenas ONGs estrangeiras serão beneficiadas".
— Nós teremos um Brasil mais ou menos do tamanho de Sergipe, porque o país todo vai virar área demarcada, ninguém terá direito a nada, a não ser as ONGs estrangeiras que virão para poder levar as riquezas dessas áreas demarcadas. Qual é a lógica disso? Nenhuma lógica. Este país já está no limiar da desgraça. O [não acolhimento ao] 'marco temporal' o levará à desgraça total — afirmou o senador.
Magno Malta também criticou o julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do Recurso Extraordinário (RE) 635659, com repercussão geral, que trata do crime de porte de drogas para consumo pessoal. Segundo o senador, a discussão sobre a descriminalização do porte de drogas ilícitas para uso próprio não pertence ao Supremo, mas ao Senado, que até hoje deliberou contrariamente.
— Quando nasceram os dentes das minhas filhas, eu já tinha drogado em casa, tirando gente da rua. E eu sei o que significa a maconha na vida de uma pessoa. As pessoas que clamam pelo canabidiol... [O governo] não pode comprar o canabidiol para dar às pessoas que precisam? Pode e entregar na mão. Nós não precisamos plantar maconha aqui, não — disse.
CPMI
O senador, que é segundo vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, também comentou a reunião em que foi aprovado o plano de trabalho apresentado pela relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Magno Malta defendeu a senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
— Sabe uma coisa que me chamou a atenção hoje? Todo mundo que dizia: 'Ah, porque teve uma bomba perto do aeroporto, e esse sujeito esteve no governo de Jair Bolsonaro, no ministério da ex-ministra e hoje senadora Damares'. Cinco falaram isso hoje. E o que Damares tem com isso? Damares é adivinha? Quando a ministra Gleisi [Hoffmann] era senadora comigo aqui e se tornou ministra da Casa Civil [...], o chefe de gabinete dela foi preso por pedofilia. Ela tem culpa de o cara ser pedófilo? Não. Como ela vai adivinhar? Mas o cara foi preso. E qual é a culpa que Damares tem de esse cara ser um mau-caráter? Não tem como adivinhar. Mas colocar a culpa nas costas dos outros, eles fazem com muita facilidade — disse, defendendo também as pessoas que foram presas, a seu ver injustamente, por participar dos atos de 8 de janeiro.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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