Internacional
Venezuela mobiliza forças contra possível ataque dos EUA
Caracas está pronta para se defender até a morte, disse ministro
A Venezuela deu início nesta quarta-feira (12) às operações militares de defesa de seu território, uma nova etapa do "Plano Independência 200", que visa garantir a soberania e a integridade do país diante da tensão com os Estados Unidos, que têm mantido soldados na região e realizado ataques a embarcações no Mar do Caribe.
Os primeiros estados a mobilizarem tropas foram Apure, Cojedes e a zona da capital, Caracas, informou o canal televisivo do governo VTV, acrescentando que as Forças Armadas irão proteger "infraestruturas estratégicas como eletricidade, água, gás, abastecimento de alimentos, postos de gasolina, transporte e as principais vias de comunicação no estado de Apure".
O destacamento de homens e equipamentos faz parte de um exercício militar e policial popular denominado "Independência 200", uma espécie de ensaio geral em meio às ameaças de um ataque americano dentro da Venezuela.
"A ordem foi dada e todas as forças foram mobilizadas em defesa do nosso direito à paz, à República, à existência, ao poder popular, à verdadeira democracia e para manter o nosso modelo, sem depender de ninguém nem nos curvar perante os outros", declarou o presidente da nação sul-americana, Nicolás Maduro, na terça-feira (11), ao apresentar a iniciativa.
Ao mesmo tempo, o líder chavista anunciou a promulgação da Lei do Comando da Defesa Integral da Nação, que busca estabelecer linhas estratégicas de ação que regem as operações em diversos estados, além de implementar medidas destinadas a salvaguardar a soberania, a paz e a integridade territorial do país.
"Essa lei reitera a doutrina militar da defesa integral da nação bolivariana-zamorana e institucionaliza a corresponsabilidade pela defesa do Estado, um mandato poderoso da Constituição de 1999", declarou o presidente ao explicar a medida.
Já o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, afirmou que o país está pronto para lutar "até a morte".
"Vá às ruas, aos quartéis, aos bairros, e você verá um povo determinado a defender esta pátria até a morte", disse Padrino, reforçando que os venezuelanos "amam a paz e não querem guerra", mas "se tocarem na Venezuela, estaremos aqui".
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