Mais de mil cientistas assinaram uma petição pedindo que a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN, na sigla em inglês), responsável pelo maior acelerador de partículas do mundo, reavalie sua cooperação com Israel devido à crise em Gaza, informou a mídia suíça.

Na petição, os cientistas que trabalham no CERN, com sede em Genebra, ou em colaboração com a organização, solicitaram ao conselho do órgão — instância máxima composta pelos 25 Estados-membros — que reexamine a compatibilidade de Israel com os valores da instituição à luz das ações militares israelenses no enclave palestino.

No entanto, os signatários não pedem a exclusão de Israel do CERN. Isso contrasta fortemente com o caso da Rússia, cujo status de observador foi suspenso em 2022. Além disso, toda cooperação entre o CERN e cientistas russos foi encerrada no fim de 2024.

Na última semana, um grupo de manifestantes teria removido e jogado no lixo a bandeira de Israel que estava hasteada no prédio da entidade em Genebra, em protesto contra a guerra israelense em Gaza. A organização registrou uma queixa junto à polícia.

Israel foi um dos primeiros países a se tornar formalmente membro do CERN desde 1999, após obter o reconhecimento oficial da UNESCO.