Os Estados Unidos retiraram as restrições contra a China para exportação de softwares para o design de microchips, revelou nesta quarta-feira (2) a agência Bloomberg com base em comunicado da empresa alemã Siemens.

"A Siemens recebeu uma notificação do governo dos EUA informando que Washington suspendeu as restrições à exportação para a China de softwares usados no projeto de chips", informou a agência.

A empresa declarou que já restabeleceu o acesso de seus clientes chineses aos produtos.

A Bloomberg lembrou que, em maio, uma divisão do Departamento de Comércio dos EUA enviou cartas a alguns fabricantes de sistemas de projeto automatizado de chips exigindo a suspensão das entregas a clientes chineses.

Na época, o governo do presidente Donald Trump alegou que o acesso de entidades chinesas a tecnologias sensíveis produzidas por empresas estadunidenses colocava em risco a segurança e soberania dos EUA.

Na prática, quem exportasse tecnologia sensível para esses países sem licença prévia dos órgãos norte-americanos competentes poderiam ser punidos na Justiça e entrar para a lista de entidades estrangeiras consideradas uma ameaça aos Estados Unidos.

Comumente usados em data centers, veículos autônomos, telecomunicações e em várias outras aplicações, os chips também ajudam no treinamento de grandes modelos de IA chinesa, que concorrem com similares de empresas dos EUA, como a Nvidia e o Google.