Adeputada federal Carla Zambelli ainda não tinha sido inscrita na lista de procurados da Interpol quando desembarcou no Aeroporto de Roma-Fiumicino, na Itália, na última quinta-feira (5).

A informação é de fontes da polícia italiana, que acrescentaram que a parlamentar, condenada no Brasil a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), chegou ao país em um voo proveniente de Miami, nos Estados Unidos.





Zambelli foi condenada por ter invadido os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), inclusive com a inserção de um mandado de prisão falso contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Ela deixou o Brasil por meio da fronteira com a Argentina e, em seguida, viajou para os EUA, de onde embarcou para a Itália.




A deputada disse nesta semana que não poderá ser extraditada, devido ao fato de ter cidadania italiana, tese contestada por juristas.

Após a divulgação da notícia de que Zambelli chegou em Roma antes da inclusão na lista vermelha da Interpol, o deputado italiano Angelo Bonelli, da Aliança Verdes e Esquerda (AVS), cobrou esclarecimentos do ministro do Interior, Matteo Piantedosi.

"Como é possível que hoje não se saiba em qual cidade italiana está a deputada brasileira, cuja situação o Ministério do Interior conhecia havia diversos dias?", questionou Bonelli em uma nota. "Por que não foi determinado um monitoramento sobre ela, a partir do momento em que era sabido que ela tomaria um avião de Miami para Roma e que dali a pouco seria emitida uma notícia vermelha de prisão internacional por parte da Interpol?", acrescentou.

O deputado ainda disse que Piantedosi precisa "se apressar para dar uma explicação" e evitar que Zambelli possa "fugir definitivamente".