Friedrich Merz, líder do bloco União Democrata Cristã e União Social Cristã (CDU/CSU) da Alemanha e provável futuro chanceler, disse que o país está pronto para enviar mísseis de cruzeiro Taurus para a Ucrânia.

"Sim, eu disse exatamente o que eu quis dizer: nós [Alemanha] não nos juntaremos a este conflito, mas forneceremos essas armas ao Exército ucraniano. Além disso, o Exército ucraniano precisa agir defensivamente, eles estão sempre apenas reagindo, mas devem ter a capacidade de influenciar os eventos por si próprios", disse Merz em entrevista à emissora ARD no domingo (13).

Outros países europeus já estão fornecendo mísseis de cruzeiro para Kiev, observou Merz.

"Eu sempre disse que só concordaria com isso em coordenação com nossos parceiros europeus. Os europeus já estão fornecendo mísseis de cruzeiro. Os britânicos estão fazendo isso, os franceses e os norte-americanos ainda mais. Isso precisa ser coordenado e, se for, a Alemanha deve participar", acrescentou o político.

Moscou acredita que o fornecimento de armas à Ucrânia dificulta a resolução do conflito e envolve diretamente os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no conflito. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que qualquer carga contendo armas para a Ucrânia será um alvo legítimo para a Rússia.

Segundo o diplomata, os EUA e a OTAN não apenas fornecem armas a Kiev, mas treinam pessoal no Reino Unido, Alemanha, Itália e em outros países. O Kremlin afirmou que o fornecimento de armas ocidentais à Ucrânia não contribui para as negociações de paz.