A recém-eleita presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Kirsty Coventry, declarou nesta sexta-feira (21) ser contrária à exclusão de países dos Jogos Olímpicos devido a conflitos militares.

Coventry se tornou a primeira mulher eleita presidente do COI, na última quinta (20), em votação na Grécia. O atual dirigente, Thomas Bach, deixará o cargo em 23 de junho de 2025.

"Sou contra, mas acredito que cada situação deve ser analisada individualmente", afirmou Coventry à Sky News ao ser questionada sobre a exclusão de países por conflitos. "Gostaria de criar um grupo de trabalho para desenvolver uma política e diretrizes que ajudem o movimento olímpico a tomar decisões diante dessas situações".

"A África também enfrenta conflitos terríveis no momento. Infelizmente essa questão não desaparece. Como podemos proteger e apoiar os atletas? Como garantir que todos tenham a chance de competir nos Jogos Olímpicos? Nossa responsabilidade é garantir a segurança dos esportistas durante as Olimpíadas, além de protegê-los e apoiá-los. Esse é um equilíbrio difícil. Mas, no fim das contas, acredito que o melhor para o movimento olímpico é garantir a participação de todos os atletas. A Rússia retornará aos Jogos de Inverno em Milão? Discutiremos isso com o grupo de trabalho", ressaltou a dirigente zimbabuana.

Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, os atletas russos puderam competir apenas sob status neutro individual, cumprindo uma série de condições. Apenas 15 russos participaram, enquanto vários líderes da equipe foram impedidos de competir. Já Israel, que na época do evento esportivo vivia um dos momentos mais tensos da guerra conduzida na Faixa de Gaza, teve a participação garantida.

Por Sputinik Brasil