Principal patrocinador internacional de defesa de Taipé, EUA vão fornecer mais um pacote de armas para Taiwan, apesar das exigências de Pequim para que Washington pare de vender armas para a ilha, reivindicada pela China como parte inalienável de seu território.

De acordo com os detalhes do contrato publicados na plataforma de compras da administração de Taipé na segunda-feira (10), Taiwan vai gastar US$ 761 milhões (cerca de R$ 4,3 bilhões) para adquirir três Sistemas Nacionais Avançados de Mísseis Terra-Ar (NASAMS) dos EUA.

Embora o acordo tenha sido aprovado em outubro sob a gestão do presidente Joe Biden, é tecnicamente o primeiro a ser assinado sob a administração do presidente Donald Trump. A entrega completa de munição é esperada até o final de 2030.

O NASAMS pode integrar diferentes sistemas, entre eles o radar MPQ-64 Sentinel, vários tipos de mísseis de defesa aérea de curto e médio alcance e conectando dados táticos militares através do Link 16, permitindo a defesa contra aeronaves em um alcance de 40 a 50 quilômetros.

"O NASAMS será equipado com mísseis ar-ar avançados de médio alcance dos EUA para fortalecer nossa defesa de média e baixa altitude", disse uma fonte sob condições de anonimato ao South China Morning Post (SCMP).

A defesa da ilha afirmou que a venda de três unidades NASAMS deve "entrar em vigor" dentro de um mês, aumentando a prontidão de sua frota de F-16 e contribuindo para uma força de defesa confiável. A compra está ligada a uma aquisição anterior de "peças e componentes para sistemas de mísseis de defesa aérea".

Apesar dos inúmeros avisos de Pequim sobre a ajuda exterior à Taipé, Washington — que reconhece o princípio Uma Só China — continua ignorando seus alertas e fornecendo equipamento militar para as forças independentistas da ilha.

Taiwan rejeita as reivindicações de soberania da China, que tem intensificado a pressão militar na região alegando que a reunificação é um processo natural e inevitável.