As terras palestinas não são um "cupom de venda" para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e suas empresas, mas sim propriedade do povo palestino, declarou o presidente do parlamento turco, Numan Kurtulmus, neste sábado (8).

A declaração ocorre em resposta às recentes falas de Trump, que afirmou que os EUA "assumiriam o controle" da Faixa de Gaza, liderariam os esforços de reconstrução e a transformariam a região em uma "Riviera do Oriente Médio".

O republicano também sugeriu que os moradores de Gaza deveriam se reassentar permanentemente em outros países, como Jordânia ou Egito, e mencionou a possibilidade de enviar tropas norte-americanas ao território.

"Se nos entregarem esse lugar, faremos dele um grande resort, dizem eles. Quero deixar algo muito claro: as terras dos muçulmanos e cristãos palestinos não estão à venda para Trump e suas empresas. Elas pertencem ao povo palestino, são sua pátria", afirmou Kurtulmus.

O político turco acrescentou que "nenhum outro poder pode decidir sobre essa terra além da própria nação palestina" e que "não há soberania que não seja a nacional".

Mais cedo, o Hamas afirmou não permitirá que as forças norte-americanas entrem em Gaza, disse o porta-voz do movimento, Sami Abu Zuhri, ao jornal Hurriyet, pró-governo da Turquia.

esta semana, Trump disse que os EUA "assumiriam o controle" da Faixa de Gaza e seriam responsáveis por reconstruir a região e transformá-la em uma "Riviera do Oriente Médio" para o mundo.

"Esperamos que essas palavras não sejam sérias. Temos lutado contra a ocupação israelense por muitos anos e, naturalmente, não permitiremos outra ocupação. Consideramos as declarações de Trump injustas e insultantes para nosso povo e não permitiremos que as forças de Trump entrem em Gaza sob nenhuma circunstância", afirmou Abu Zuhri.