"Esta manhã, meu genro, Rafael Tudares, foi sequestrado. Rafael estava indo para a escola dos meus netos de 7 e 6 anos, em Caracas, para deixá-los no início das aulas, quando foi interceptado por homens encapuzados, vestidos de preto, que o colocaram em uma caminhonete dourada, placa AA54E2C, e o levaram. Neste momento ele está desaparecido", declarou nas redes sociais.

González fez a denúncia dos Estados Unidos, onde está desde o último domingo (5) em busca de apoio político para sua intenção de assumir a presidência no dia 10. No início do ano, a Justiça venezuelana chegou a anunciar uma recompensa de US$ 100 mil (R$ 610 mil) pela captura do político.

O anúncio ocorreu oito dias antes da posse de Nicolás Maduro, proclamado vencedor das eleições de 28 de julho, resultado que foi rejeitado pela oposição.

No início de dezembro, González anunciou sua intenção de voltar a Caracas para se autoproclamar "presidente eleito", descartando a possibilidade de governar do exílio. O líder opositor estava em Madri, na Espanha, desde 8 de setembro como asilado político, após o governo espanhol conceder-lhe um salvo-conduto.

Durante as eleições, o presidente Nicolás Maduro obteve 51,95% dos votos, seguido por González, com 43,18%, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Apesar disso, a oposição divulgou supostas atas do CNE que comprovariam que González venceu as eleições.

Por Sputinik Brasil