Internacional
Filhos de espiões que 'descobriram' que eram russos em voo não sabiam quem é Putin e só falam espanhol
Artem Viktorovich Dultsev e Anna Valerevna Dultseva se passavam por família argentina que vivia na Eslovênia
Os filhos de um casal de espiões russos que descobriram sua verdadeira nacionalidade a bordo do avião que os levou para Moscou, na última quinta-feira, não falam uma palavra de russo e nem sabiam quem era Vladimir Putin, presidente do seu país natal. A família foi envolvida na maior troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria.
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Espiões, um assassino e mensagens secretas: Entenda os bastidores da troca de prisioneiros entre a Rússia e o Ocidente
Artem Viktorovich Dultsev e Anna Valerevna Dultseva fingiam ser uma família argentina que vivia na Eslovênia, onde foram presos sob acusação de colaborar secretamente com as autoridades russas. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, detalhou que os filhos perguntaram aos pais quem era aquele homem que os recebera no aeroporto.
— Putin as cumprimentou em espanhol, ele disse “Buenas noches” — afirmou Peskov. — Elas perguntaram aos pais ontem quem era a pessoa que as estava recebendo, elas nem sabiam quem era Putin.
A troca de 26 prisioneiros envolveu sete países – Estados Unidos, Alemanha, Polônia, Eslovênia, Noruega, Bielorrússia e Rússia – e foi coordenada nesta quinta-feira pela Turquia na capital Ancara, afirmou a Presidência turca em comunicado.
Ao todo, 16 foram liberados do regime russo: 13 transferidos para a Alemanha, e três para os EUA. Em comunicado, o governo Biden confirmou que quatro são cidadãos ou têm residência americana, entre eles o jornalista do Wall Street Journal (WSJ) Evan Gershkovich. Outros cinco são alemães e sete são cidadãos da Rússia que eram prisioneiros políticos no próprio país.
Na outra ponta, os países do Ocidente liberaram 10 prisioneiros russos, como Vadim Krasikov, condenado à prisão perpétua na Alemanha após o assassinato de um combatente separatista checheno em plena luz do dia em um parque no centro de Berlim.
Acredita-se que Artem Dultsev e Anna Dultseva faziam parte do programa de "ilegais" da Rússia, um esquema da era soviética no qual espiões russos se fazem passar por cidadãos comuns de outros países.
Legalmente casados, os dois tiveram dois filhos. Eles se declararam culpados perante um tribunal esloveno na quarta-feira por acusações de espionagem e falsificação de documentos.
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