Internacional
Candidato opositor venezuelano diz manter-se 'firme' após ameaças de prisão de Maduro: 'Sigo ao lado do povo'
Edmundo González Urrutia publicou breve mensagem por meio das redes sociais
O candidato opositor Edmundo González Urrutia, a quem os Estados Unidos reconhecem como "vencedor" das eleições de domingo na Venezuela, disse nesta quinta-feira que se mantém "firme" após ameaças de prisão do presidente Nicolás Maduro.
Leia: Em nota conjunta, Brasil, Colômbia e México pedem comprovantes de votação a Nicolás Maduro
"Sigo firme ao lado do povo", publicou González Urrutia na rede social X. "Nunca os deixarei sozinhos e sempre defenderei sua vontade! Viva Venezuela", acrescentou em uma breve mensagem sem dar detalhes se comparecerá a uma convocação do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) oficialista para uma investigação a fim de "certificar" os resultados da votação que deram a vitória a Maduro.
Nesta quinta-feira, o presidente disse que está preparando prisões de segurança máxima para receber os mais de mil manifestantes detidos durante os protestos que eclodiram após a sua contestada reeleição. A declaração foi feita pouco antes da líder da oposição, María Corina Machado, escondida depois de ter sido ameaçada de prisão pelo regime, convocar novas manifestações nacionais para o sábado.
— Estou preparando duas prisões que devo ter prontas em 15 dias, já estão sendo reparadas — disse Maduro em um ato transmitido pelo canal estatal VTV. — Todos os manifestantes vão para Tocorón e Tocuyito, presídios de segurança máxima.
O presidente faz alusão às instituições prisionais que, por anos, estiveram sob controle de quadrilhas criminosas até serem reocupadas pelas forças de segurança no ano passado. Tocorón, por exemplo, era o centro operacional da temida organização criminosa Trem de Aragua, uma das maiores da América Latina.
— Temos mais de 1.200 capturados e estamos procurando mais 1.000 e vamos pegar todinhos porque eles foram treinados nos Estados Unidos, no Texas; na Colômbia, no Peru e no Chile — disse o presidente, pressionado por mais de 40 países a apresentar as atas das seções eleitorais.
Referindo-se aos manifestantes como "terroristas", "delinquentes" e membros de "quadrilhas de nova geração", Maduro os comparou às gangues no Haiti.
— Querem transformar a Venezuela em um novo Haiti — afirmou o mandatário. — Têm muito caminho a percorrer, então que façam estradas — acrescentou, em alusão à "reeducação" que será implementada nestes presídios.
Até o momento, os protestos deixaram pelo menos 11 civis mortos, além de um militar. A oposição estima o número de mortos em 16, mas não apresentou a fonte da informação.
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