Internacional
Opositora diz que vai denunciar 'competição desigual' nas eleições do México um dia após reconhecer vitória de adversária
Segundo Xóchtil Gálvez, a candidata governista Claudia Sheinbaum teria sido beneficiada pelo aparato do Estado
A candidata mexicana à Presidência Xóchitl Gálvez, que perdeu as eleições para a esquerdista Claudia Sheinbaum, anunciou, nesta segunda-feira, que apresentará "impugnações" contra as eleições pelo suposto uso do aparato do Estado em favor de sua rival. O anúncio ocorre um dia após a candidata de centro-direita reconhecer a vitória de sua adversária no pleito realizado neste domingo.
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"Enfrentávamos uma competição desigual contra todo o aparato do Estado dedicado a favorecer sua candidata [...] Apresentaremos as impugnações que [o] provam", escreveu Gálvez em sua conta na rede social X (antigo Twitter), sem dar mais detalhes sobre a denúncia.
Na postagem, Gálvez diz que reconheceu a derrota por ser "uma democrata" e "acreditar nas instituições" e que confia na contagem do Instituto Nacional Eleitoral (INE) do México, mas que "os resultados nos surpreendem e por isso devemos analisar o que aconteceu".
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A candidata de esquerda Claudia foi eleita no domingo como a primeira presidente mulher do México por ampla vantagem em uma eleição considerada, nesta segunda-feira, como "histórica" por líderes mundiais e por seu padrinho político, o mandatário Andrés Manuel López Obrador.
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Sheinbaum, uma cientista de 61 anos de origem judia, recebeu entre 58% e 60% dos votos, segundo a contagem rápida do Instituto Nacional Eleitoral (INE). Ela terá o enorme desafio de conter a violência do narcotráfico e de gênero, que mata cerca de 30 mil pessoas por ano.
O resultado foi 32 pontos à frente de Gálvez, que obteve entre 26% e 28% dos votos. A senadora de origem indígena era a principal aposta da coalizão opositora, formada pelos tradicionais partidos tradicionais PAN, PRI (que governou durante sete décadas até 2000) e PRD, e telefonou à adversária para parabenizá-la pela vitória no dia anterior.
— Reconheci o resultado porque amo o México e sei que, se o seu governo se sair bem, nosso país se sairá bem — disse Xóchitl, em tom solene, a apoiadores, na noite de domingo. — Sem dúvida, é um grande marco histórico que nosso país tenha sua primeira mulher presidente.
Cerca de 98 milhões foram às urnas votar neste pleito de turno único. No México, não há reeleição presidencial ou voto obrigatório, e o mandato presidencial tem duração de seis anos.
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