Internacional
Ex-presidente do Equador critica Noboa pela invasão da embaixada mexicana: 'Nem mesmo nas piores ditaduras'
Jorge Glas, em tese, não poderia ser detido em sede diplomática estrangeira, por estar fora do alcance das autoridades nacionais; países romperam relações
								A polícia equatoriana invadiu, na noite de sexta-feira, a embaixada do México, em Quito, e deteve o ex-vice-presidente Jorge Glas, que estava no local desde dezembro. A incursão policial levou ao rompimento das relações diplomáticas entre os dois países. Nas redes sociais, o ex-presidente Rafael Correa, criticou Daniel Noboa e a ação das autoridades equatorianas.
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"Compatriotas: O que o Governo Noboa fez não tem precedentes na história latino-americana. Nem mesmo nas piores ditaduras a embaixada de um país foi violada", escreveu ele em seu perfil no X. "Não vivemos num Estado de direito, mas num Estado de barbárie, com um sistema improvisado que confunde a Pátria com uma das suas fazendas de banana. Responsabilizamos Daniel Noboa pela segurança e integridade física e psicológica do ex-vice-presidente Jorge Glas", continuou.
O ex-presidente ainda enviou uma mensagem ao México, pedindo desculpas pela postura do governo equatoriano. "Ao México, ao seu povo e ao seu Governo, as nossas desculpas e eterna admiração. Até à vitória, sempre!", finalizou.
Para o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, o ato configurou "uma flagrante violação do direito internacional e da soberania do México". O mandatário afirmou, pela rede social X, ter instruído a Chancelaria a declarar imediatamente a suspensão das relações diplomáticas com o governo equatoriano. Na teoria, Glas não poderia ser preso em uma embaixada estrangeira, porque o local está legalmente fora do alcance das autoridades nacionais.
O Equador defendeu a medida alegando que houve "abuso das imunidades e privilégios" concedidos à missão diplomática, segundo comunicado da Secretaria de Comunicação da Presidência (Segcom).
A ministra das Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena, detalhou pela rede social X que a diligência equatoriana feriu a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, de 1961. Ela denunciou "lesões sofridas pelo pessoal" da sede diplomática durante a incursão policial e alertou que seu país recorrerá à Corte Internacional de Justiça para denunciar o Equador.
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