Ao menos 14 pessoas estão desaparecidas devido ao incêndio que consumiu nesta quinta-feira um edifício residencial na cidade espanhola de Valência, deixando ainda quatro mortos, informou nesta sexta-feira a delegada do governo em Valência, Pilar Bernabé.

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O incidente teve início às 17h30 (13h30 em Brasília), no quarto andar do edifício de 138 apartamentos, construído há pouco mais de uma década, e espalhou-se rapidamente ao longo da fachada, segundo testemunhas entrevistadas pelos meios de comunicação espanhóis.

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O serviço regional de emergência detalhou que estavam no local 22 bombeiros e 8 unidades médicas, incluindo uma viatura para atendimento de múltiplas vítimas, e anunciou a ativação da “situação 2” de emergência, que é estabelecida em casos de “danos extensos”.

Segundo a televisão pública TVE, os serviços de emergência instalaram um hospital de campanha perto do edifício, localizado no bairro valenciano de Campanar. Os socorristas explicaram que o incêndio teve origem no quarto andar e se espalhou para outros.

“Pedimos, por favor, aos residentes de outras zonas da cidade que não se aproximem das proximidades do incêndio para facilitar o trabalho das equipas de emergência mobilizadas”, escreveu a presidente da Câmara de Valência, María José Catalá, na rede social X.

“Consternado com o terrível incêndio num edifício em Valência”, escreveu o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, no X.

Sánchez disse que conversou com as autoridades locais para “conhecer em primeira mão a situação e oferecer toda a ajuda necessária”.

“Quero transmitir a minha solidariedade a todas as pessoas afetadas”, acrescentou.

Condições adversas

O forte vento que afetou Valência, nesta quinta-feira, dificultou as tarefas de extinção das chamas. Uma mulher proprietária de uma floricultura perto do edifício incendiado explicou à TVE que “há feridos”, que o imóvel em causa tem no máximo 14 anos e que os seus mais de 100 apartamentos “estão todos ocupados”.

“O que mais espalhou tudo foi o vento”, acrescentou a mulher, descrevendo cenas de “caos”, com “tráfego, polícia, fumaça”.

Outro morador da zona explicou que a construção ardeu a uma velocidade incrível: “Era como se o edifício fosse feito de cortiça”, descreveu, explicando que o incêndio começou por volta das 17h30 (13h30 em Brasília).

Uma enorme fumaça negra cercava o prédio, no qual nenhum apartamento parecia ter ficado sem chamas. As testemunhas que falaram com a mídia espanhola concordaram que o fogo se espalhou pela fachada. Em outubro de 2023, um incêndio em algumas discotecas da região vizinha de Múrcia deixou treze mortos, num incidente pelo qual seis pessoas estão acusadas.