Milhares de ativistas enfrentaram nesta sexta-feira a neve em Washington para alertar os republicanos que o tema do aborto irá determinar seu voto nas eleições presidenciais de novembro. Os "pró-vida", como se autodenominam, tiveram uma vitória histórica em junho de 2022, quando a Suprema Corte anulou uma decisão que, desde 1973, garantia às mulheres americanas o direito de abortar e dava a cada estado a liberdade de legislar a respeito.

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Desde então, as batalhas legislativas e judiciais se multiplicam. Os organizadores da "Marcha pela Vida" anual explicaram que o objetivo "não é apenas mudar as leis nos níveis estadual e federal, mas também mudar a cultura, para que, em última instância, o aborto seja impensável".

O aborto é um dos principais temas da campanha presidencial, e a vice-presidente de Joe Biden, Kamala Harris, prevê um giro pelo país para defender esse direito.

Desde que a garantia federal do aborto foi anulada, muitos estados restringiram severamente essa prática ou a proibiram em seu território, e milhares de mulheres foram obrigadas a fazer viagens caras para conseguirem abortar.