O presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, afirmou nesta segunda-feira (29) que o Programa de Demissão Voluntária (PDV), parte do processo de reestruturação da estatal, deve gerar uma economia anual de R$ 2,1 bilhões, com impacto pleno previsto para 2028.

O programa será aberto em janeiro de 2026 e poderá contar com a adesão de até 15 mil empregados entre 2026 e 2027.

Durante coletiva de imprensa para detalhar o plano de reestruturação da empresa, que acumula prejuízos bilionários, Rondon explicou que o PDV exigirá um investimento inicial de R$ 1,1 bilhão, destinado a alcançar uma redução de 18% nos gastos com folha de pagamento, resultando em uma economia anual de R$ 1,4 bilhão.

“A primeira vantagem do PDV é que ele é voluntário e não esteriliza a força de trabalho da empresa. Não aumenta a judicialização, há um acordo que nasce e se resolve por si. Outra coisa é que conseguimos programar o PDV conforme a dinâmica e a necessidade da empresa”, destacou Rondon.

O presidente dos Correios também mencionou que as iniciativas de redução de despesas devem somar R$ 5 bilhões até 2028. Entre as medidas, está a alienação de imóveis sem uso operacional, com expectativa de arrecadar R$ 1,5 bilhão em receitas extraordinárias.

Rondon afirmou ainda que o prejuízo acumulado até setembro, de R$ 6 bilhões, deve se manter até o fim do ano. A expectativa é que o plano de reestruturação comece a apresentar resultados positivos a partir de 2027.