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SP bate novo recorde de calor, com maior temperatura de dezembro em 64 anos

Capital paulista atinge 37,2°C e enfrenta onda de calor histórica; governo institui gabinete de crise e pede redução no consumo de água.

28/12/2025
SP bate novo recorde de calor, com maior temperatura de dezembro em 64 anos
- Foto: Reprodução / Agência Brasil

São Paulo registrou nesta sexta-feira, 27, a maior temperatura para um mês de dezembro em 64 anos. Os termômetros marcaram 37,2°C às 16h na estação meteorológica do Mirante de Santana, na zona norte, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O novo recorde supera a máxima anterior do ano, de 36,2°C, registrada na última sexta-feira, 26.

O recorde histórico anterior para dezembro havia sido de 35,6°C, em 3 de dezembro de 1961. As medições na estação convencional do Mirante de Santana começaram em 1943.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), o calor intenso predomina principalmente durante as tardes na capital e municípios vizinhos, enquanto as madrugadas seguem abafadas.

De acordo com a Meteoblue, as temperaturas devem começar a cair a partir de 1º de janeiro, quando a máxima prevista é de 29°C, com retorno das chuvas. A expectativa é que, no dia 4, a máxima fique em torno dos 24°C.

Alerta vermelho de onda de calor

O Inmet emitiu alerta vermelho para onda de calor até segunda-feira, 29, abrangendo os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, trechos do Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina.

Para a próxima semana, a previsão indica temporais em São Paulo, com expectativa de 20 a 50 milímetros de chuva por dia entre segunda, 29, e terça-feira, 30, além de ventos fortes, trovoadas e possibilidade de granizo, especialmente nas regiões de Presidente Prudente, Marília, Itapeva e Registro.

Diante do cenário, o governo estadual iniciará um gabinete de crise a partir de segunda-feira, 29, para coordenar ações de prevenção e atendimento aos municípios. O governo também solicitou "redução imediata" do consumo de água, devido à queda nos volumes dos reservatórios nos últimos meses.

As altas temperaturas em várias regiões do Brasil estão associadas a um bloqueio atmosférico, que dificulta a chegada de sistemas meteorológicos e favorece a persistência do calor, especialmente no Sudeste.