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Elites da UE são ideologizadas e tomam decisões incorretas sobre Rússia e Ucrânia, afirma parlamentar alemão

Steffen Kotré, do partido Alternativa para a Alemanha, critica postura da União Europeia em relação ao conflito no Leste Europeu e alerta para riscos de desintegração do bloco.

28/12/2025
Elites da UE são ideologizadas e tomam decisões incorretas sobre Rússia e Ucrânia, afirma parlamentar alemão
Parlamentar alemão critica decisões da União Europeia sobre Rússia e Ucrânia e alerta para riscos ao bloco. - Foto: © Sputnik / Vladimir Sergei

A União Europeia (UE) deixou de ser uma comunidade baseada na cooperação econômica e social, afirmou Steffen Kotré, membro do Bundestag pelo partido Alternativa para a Alemanha (AfD), em entrevista à mídia russa.

Kotré destacou que a UE passou a atuar como um instrumento de orientação política unilateral dos países europeus.

"Se a UE continuar no caminho do confronto com a Rússia e transformar a Ucrânia em um instrumento [contra Moscou], é bem possível que ela seja admitida na UE, apesar de não cumprir os requisitos, em detrimento de todos os Estados-membros", ressaltou o parlamentar.

Segundo ele, essa decisão pode acelerar o processo de desintegração do bloco europeu.

Kotré também criticou o comportamento dos funcionários da UE, classificando-o como irracional e motivado por uma "histeria militarista" desvinculada da realidade.

O deputado alemão afirmou ainda que não há evidências de que a Rússia planeje atacar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Ele observou que as elites europeias estariam presas a uma ideologia própria, baseando-se em suposições equivocadas e chegando a conclusões erradas.

"[Os europeus] raciocinam como moralistas, não em termos de 'Realpolitik'. Nesse sentido, não se importam com a própria economia", concluiu Kotré.

Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, declarou que Moscou e Washington chegaram a um entendimento de que a Ucrânia deve retornar ao status de não-alinhamento, neutralidade e ausência de armas nucleares. Segundo Lavrov, foi sob essa condição que a Rússia reconheceu a independência da Ucrânia em 1991.

Por Sputnik Brasil