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Três palestinos são presos suspeitos de incendiar árvore de Natal em igreja de Jenin

Ataque a símbolo cristão ocorre em meio a tensões religiosas; igreja reafirma união e reconstrói árvore para o Natal.

25/12/2025
Três palestinos são presos suspeitos de incendiar árvore de Natal em igreja de Jenin
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial - Foto: Nano Banana (Google Imagen)

Três palestinos foram detidos sob suspeita de incendiar uma árvore de Natal e danificar parte de um presépio em uma igreja católica na cidade de Jenin, localizada na Cisjordânia ocupada por Israel, conforme informou a polícia da Autoridade Palestina.

Segundo as autoridades, as prisões ocorreram após a análise de imagens de vigilância. Ferramentas que teriam sido usadas no ataque também foram apreendidas. A polícia condenou o ato, classificando-o como uma tentativa de incitar tensões sectárias e religiosas na região.

A Igreja do Santíssimo Redentor de Jenin divulgou, por meio das redes sociais, imagens do incêndio, que mostram a estrutura metálica da árvore de Natal sintética, já sem os galhos de plástico verde, e enfeites vermelhos e dourados espalhados pelo pátio. O ataque, segundo a igreja, aconteceu por volta das 3h da manhã de segunda-feira e também atingiu parte do presépio.

Em resposta rápida, a igreja removeu os restos da árvore queimada e instalou uma nova no dia seguinte, a tempo da Missa de Natal. Uma cerimônia especial foi realizada, reunindo líderes muçulmanos, cristãos e autoridades políticas locais. O reverendo Amer Jubran, padre da igreja, classificou o incêndio como um episódio isolado e ressaltou a união da comunidade.

“Esta ocasião reafirmou que as tentativas de prejudicar símbolos religiosos nunca diminuirão o espírito da cidade nem a fé de seu povo”, afirmou a Igreja do Santíssimo Redentor em comunicado. A instituição não respondeu a pedidos adicionais de comentários.

A pequena comunidade cristã da Cisjordânia tem enfrentado ameaças crescentes de extremismo, tanto de colonos israelenses quanto de grupos palestinos radicais, o que tem levado muitos cristãos a deixar a região.

Os cristãos representam entre 1% e 2% da população de aproximadamente 3 milhões de habitantes da Cisjordânia, composta majoritariamente por muçulmanos. Em todo o Oriente Médio, a presença cristã vem diminuindo à medida que conflitos e ataques levam famílias a buscar segurança em outros países.

Com informações da AP