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Lula intensifica medidas de apelo popular no fim de 2025 para reagir a crises, diz mídia
Após semestre conturbado, governo aposta em isenção do IR, mudanças na CNH e programas de moradia para recuperar apoio e se preparar para 2026.
O governo Lula acelerou, no fim de 2025, o anúncio e a implementação de medidas de forte apelo popular, como a ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR), alterações na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e novos programas habitacionais. A estratégia visa recuperar terreno após um semestre de crises e criar um ambiente político favorável para a disputa eleitoral de 2026.
Segundo a Folha de S.Paulo, nos meses finais de 2025, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva intensificou ações voltadas principalmente à população de baixa renda e a promessas de campanha ainda não cumpridas, preparando o cenário para o próximo pleito.
Entre as principais iniciativas, destacam-se o aumento da faixa de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil e mudanças no processo de obtenção da CNH, como o fim da obrigatoriedade de autoescola e a renovação automática para motoristas sem infrações. A medida busca reduzir custos para trabalhadores como entregadores e motoristas de aplicativo.
A Secretaria-Geral da Presidência, sob comando de Guilherme Boulos, ganhou protagonismo ao articular com movimentos sociais e defender pautas como o fim da jornada 6x1. Boulos esteve no Congresso para destravar propostas trabalhistas que devem pautar o debate eleitoral de 2026.
O governo também lançou o programa Reforma Casa Brasil e anunciou medidas de crédito imobiliário para a classe média, com eventos no Planalto que contaram com ampla participação de movimentos sociais e grande repercussão na mídia.
Durante esse período, o governo adotou o novo slogan "Governo no Brasil, do Lado do Povo Brasileiro", indicando uma mudança na comunicação institucional. Especialistas em direito eleitoral observam que a antecipação de entregas antes do calendário oficial de campanha é prática comum para evitar restrições legais e acusações de abuso de poder.
A Secretaria de Comunicação negou ligação entre as ações e o calendário eleitoral, afirmando que as medidas fazem parte de um planejamento contínuo e que muitas propostas já tramitavam no Congresso há meses. O governo argumenta que políticas públicas demandam maturação técnica e diálogo institucional.
A chegada de Boulos também marcou o lançamento do programa "Governo do Brasil na Rua", que pretende levar serviços federais diretamente às cidades. O ministro reconheceu o risco de confusão com campanha irregular e afirmou que a execução das ações deve ocorrer até junho de 2026, salvo autorização dos órgãos de controle.
Essas iniciativas contrastam com um primeiro semestre turbulento, marcado por crises como a desinformação sobre o Pix, o escândalo de desvios no INSS — que resultou na queda do ministro da Previdência — e a crise do IOF, que gerou desgaste com o empresariado e recuos do governo.
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