Geral
Guerras comerciais dos EUA impactam crescimento do PIB mundial, afirma vice-premiê russo
Aleksandr Novak destaca que tarifas e sanções norte-americanas afetam cadeias logísticas e freiam economias da Europa e Rússia.
As guerras comerciais promovidas pelos Estados Unidos têm provocado uma desaceleração no crescimento do PIB global, enquanto o baixo desempenho econômico da zona do euro decorre não apenas do protecionismo e dessas disputas comerciais, mas também das próprias políticas de sanções adotadas pelo bloco. A avaliação é do vice-primeiro-ministro russo, Aleksandr Novak.
Segundo Novak, o governo russo acompanha com preocupação as incertezas nos mercados internacionais e aponta que a desaceleração da economia mundial é consequência direta das guerras comerciais desencadeadas pela Casa Branca.
"Quanto à economia global, é claro, estamos testemunhando grandes incertezas, que estão relacionadas principalmente às guerras comerciais que o governo dos Estados Unidos está travando hoje. E, de acordo com especialistas, essas guerras comerciais estão levando a uma diminuição no crescimento econômico global geral", disse Novak.
O vice-premiê ressaltou que a taxa média de crescimento econômico global em 2024 deve ser ainda menor do que a do ano anterior. Ele afirmou que as medidas adotadas pelos EUA impactam cadeias de transporte e logística, dificultam o fluxo de mercadorias, aumentam custos e estimulam a formação de novas alianças econômicas.
Novak destacou ainda que, nos últimos três anos, países da Europa Ocidental registraram taxas de crescimento econômico inferiores a 3,1%.
Em sua avaliação, esse cenário resulta não apenas do protecionismo e das guerras comerciais promovidas pelos EUA, mas também das sanções impostas a países que buscam ampliar seu desenvolvimento, entre eles, a Rússia.
"Isto também se aplica à Federação da Rússia. Nossos parceiros ocidentais estão tentando parar o crescimento de nossa economia e limitar o comércio, limitar as possibilidades das exportações e importações", concluiu.
No início deste ano, a Casa Branca anunciou tarifas de 125% sobre todas as importações provenientes da China, medida que acabou afetando principalmente o próprio mercado norte-americano.
Na sequência, Washington impôs tarifas de 50% sobre produtos originários do Brasil. Outros países, como a Índia, também enfrentaram tarifas similares devido à compra de petróleo russo.
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