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Ouro fecha estável, prata avança e platina recua após sequência de recordes

Após sucessivas altas históricas, ouro encerra pregão praticamente estável; prata sobe e platina registra queda superior a 1%.

24/12/2025
Ouro fecha estável, prata avança e platina recua após sequência de recordes
- Foto: Depositphotos

O ouro fechou próximo da estabilidade nesta quarta-feira, 24, após operar em alta pela manhã, refletindo uma realização de lucros depois da sequência recente de recordes. O movimento de ajuste ocorreu em meio à menor liquidez típica da véspera do feriado de Natal, levando investidores a reduzirem posições após a forte valorização acumulada no ano.

A prata também oscilou entre altas e baixas, mas encerrou o dia em campo positivo. Já a platina chegou a cair quase 5% durante o pregão, mas reduziu parte das perdas próximo ao fechamento.

Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para fevereiro registrou queda de 0,06%, a US$ 4.502,80 por onça-troy. A prata para março avançou 0,77%, a US$ 71,685 por onça-troy, enquanto a platina para janeiro recuou 1,73%.

Segundo Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote, correções nos preços do ouro e da prata são "saudáveis" no curto prazo, após os metais terem subido "rápido demais e longe demais" ao renovarem máximas históricas. Ela destaca que o avanço do índice de volatilidade do ouro sugere espaço para um recuo pontual, mesmo com o impulso estrutural de alta ainda preservado no médio e longo prazo.

A analista acrescenta que a prata tende a ser mais penalizada em movimentos de correção, à medida que a relação ouro/prata se aproxima rapidamente da parte inferior de sua faixa histórica. "Se essa relação permanecer dentro do intervalo tradicional, a prata pode ter desempenho inferior na alta ou corrigir de forma mais acentuada na queda", afirma.

O cenário para o ouro, porém, segue construtivo, segundo Patrick Brenner, da Schroders. Para ele, o metal permanece atrativo como instrumento de diversificação em um ambiente de incertezas fiscais e políticas nos Estados Unidos e diante de dúvidas crescentes sobre o papel de longo prazo dos Treasuries e do dólar.

Com informações da Dow Jones Newswires

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