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Rússia cobra dos EUA vontade política para suspender bloqueio aéreo

Moscou pressiona Washington para retomar voos diretos e facilitar investimentos após consultas bilaterais.

Sputinik Brasil 23/12/2025
Rússia cobra dos EUA vontade política para suspender bloqueio aéreo
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial - Foto: Nano Banana (Google Imagen)

A retomada dos voos entre a Rússia e os Estados Unidos deveria ter ocorrido há muito tempo, segundo Aleksandr Gusarov, diretor do Departamento do Atlântico Norte do Ministério das Relações Exteriores da Rússia. Moscou espera que Washington demonstre vontade política para suspender o chamado bloqueio aéreo.

De acordo com Gusarov, a reabertura do espaço aéreo foi discutida em fevereiro, durante consultas bilaterais em Istambul, que trataram da eliminação de entraves nas relações entre os dois países.

Ao longo do ano, a Rússia enviou às autoridades de aviação dos EUA propostas com procedimentos eficazes para a retomada das operações aéreas.

"Estamos dispostos a iniciar o mais rapidamente possível um diálogo despolitizado e sem pré-condições entre os órgãos competentes dos dois países, a fim de remover os obstáculos técnicos existentes. Esperamos que a parte americana demonstre vontade política suficiente para levantar esse 'bloqueio aéreo', que já perdeu qualquer sentido", afirmou Gusarov.

Retomada dos negócios na Rússia

No início do mês, o chefe da Câmara de Comércio Americana na Rússia (AmCham), Robert Agee, revelou que empresas norte-americanas desejam expandir sua presença no mercado russo.

"Levantar a proibição de investimento é a nossa prioridade número 1. As empresas que permaneceram na Rússia gostariam muito de se expandir, e aquelas que saíram ou ainda não retornaram gostariam de ter essa oportunidade no futuro", afirmou Agee ao jornal Izvestia.

Ele também destacou sinais positivos após a mudança de poder na Casa Branca. Segundo Agee, a AmCham percebe disposição para o diálogo, o que é motivo de satisfação.

Agee acredita que o presidente dos EUA, Donald Trump, é "uma marca tão bacana como o Trump-empresário". O chefe da AmCham espera que "o Trump-presidente ouça o Trump-empresário e faça tudo para que a política não prejudique os negócios".