O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a justificar nesta terça-feira, 23, o atraso na entrega do trecho norte do Rodoanel. Segundo ele, fatores como corrupção, má gestão e ausência de planejamento contribuíram para a demora.

Durante coletiva de imprensa após a entrega do Piscinão Jaboticabal, no Grande ABC Paulista, Tarcísio ressaltou que as investigações da Lava Jato atingiram o Rodoanel e diversas outras obras, todas alvos de denúncias de corrupção "amplamente noticiadas pela imprensa". Esse contexto, afirmou, provocou atrasos significativos na execução dos projetos.

"O misto de incompetência, falta de planejamento e corrupção", declarou o governador. "Corrupção que é o grande mal que assola o Brasil, a grande chaga do Brasil, e que a gente combate com todo vigor."

Tarcísio explicou ainda que a retomada das obras exigiu um elevado grau de retrabalho, já que o abandono dos trabalhos resultou na necessidade de recomposições extensas, incluindo a reconstrução de túneis que haviam colapsado. Segundo ele, o processo representou um grande desafio de geotecnia e engenharia, com intervenções para garantir a integridade das estruturas, como a execução de túneis falsos.

O governador garantiu que a entrega do segundo trecho será realizada no segundo semestre de 2026.

Na inauguração realizada na segunda-feira, 22, Tarcísio trocou farpas durante discurso com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, que foi vaiado por apoiadores do governador. Em sua fala, Tarcísio exaltou o ex-presidente Jair Bolsonaro e relembrou sua atuação enquanto ministro da Infraestrutura.