Geral
Parlamento venezuelano aprova lei para proteger comércio marítimo
Assembleia Nacional reage às ameaças dos EUA e busca garantir navegação e exportação de petróleo
Os deputados da Assembleia Nacional da Venezuela aprovaram nesta segunda-feira (22) um projeto de lei para assegurar as liberdades de navegação e de comércio diante de ameaças como pirataria, bloqueios e outros atos ilícitos internacionais. A proposta foi apresentada poucos dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciar ofensivas contra petroleiros venezuelanos.
"Os honoráveis deputados e deputadas que concordarem em aprovar, em primeira discussão, o projeto de lei para garantir as liberdades de navegação e comércio frente à pirataria, bloqueios e outros atos ilícitos internacionais, sirvam-se manifestar com o sinal de costume. Fica aprovado por unanimidade", declarou o presidente do Legislativo, Jorge Rodríguez.
A expectativa é que a Assembleia realize nesta terça-feira (23) a segunda discussão da proposta, durante uma sessão extraordinária.
Horas antes da aprovação, o governo de Caracas alertou que as ações dos Estados Unidos contra o comércio energético venezuelano podem comprometer o fornecimento de petróleo e causar instabilidade nos mercados internacionais.
As tensões entre os dois países aumentaram em agosto, quando o governo Trump anunciou uma operação militar no Caribe, alegando o combate ao narcotráfico. A operação envolve destróieres, um submarino nuclear, o porta-aviões USS Gerald R. Ford e mais de quatro mil militares.
Na última terça-feira (16), Trump classificou o governo venezuelano como "organização terrorista estrangeira" e decretou bloqueio total a todos os navios-tanque de petróleo sancionados que se destinam à Venezuela ou partem do país.
O presidente norte-americano já havia ameaçado uma intervenção sem precedentes, exigindo que Caracas devolvesse aos Estados Unidos petróleo, terras e outros ativos considerados "roubados". Trump também prometeu intensificar ações contra narcotraficantes em território venezuelano.
Na Venezuela, essas medidas são vistas como provocações que visam desestabilizar a região e violam acordos internacionais sobre o status desmilitarizado e livre de armas nucleares do Caribe.
Por Sputinik Brasil
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