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Rússia alerta para riscos de confronto com a OTAN devido a ações da Europa
Vice-chanceler russo afirma que atitudes de países europeus aumentam perigo de colisão com o Ocidente, apesar de postura mais equilibrada dos EUA.
As ações inadequadas dos países europeus continuam a gerar riscos de uma colisão entre a Rússia e a OTAN, mesmo diante de uma política mais equilibrada dos Estados Unidos em relação a Moscou. A avaliação foi feita pelo vice-chanceler russo, Sergei Ryabkov, durante reunião do Clube Valdai de Discussões Internacionais.
Ryabkov destacou que, apesar de sinais de distensão por parte dos EUA, permanecem riscos significativos de confronto devido às atitudes hostis dos países europeus.
Segundo o diplomata, para reduzir o potencial de conflito com os Estados Unidos, é fundamental que Washington leve em consideração os interesses russos, principalmente na área de segurança.
O vice-ministro afirmou ainda que a Rússia precisa de garantias de que os EUA realmente adotaram uma postura menos hostil em relação ao país.
"Uma garantia para avançar neste caminho deve ser a verdadeira prontidão de Washington para cooperar em uma base de igualdade para reduzir o potencial de conflito, tendo em conta os interesses da Rússia no setor da segurança", afirmou.
Ryabkov ressaltou que a Rússia está pronta para garantir sua própria segurança, mantendo o equilíbrio estratégico e adotando contramedidas técnico-militares, se necessário.
De acordo com o vice-chanceler, Moscou ainda tem sérias questões a tratar com os Estados Unidos, especialmente em relação à Ucrânia, mas reconheceu que o governo Trump tomou alguns passos positivos nesse sentido.
O diplomata acrescentou que a Rússia se reserva o direito de responder de forma equivalente caso os EUA retomem testes explosivos completos de armas nucleares.
Além disso, Ryabkov observou que a União Europeia demonstra um desejo claro de impedir a aproximação entre Rússia e Estados Unidos na busca por uma solução para a crise ucraniana.
"O desejo dos países europeus de impedir a normalização das relações entre a Rússia e os Estados Unidos é um fator agravante", disse.
Sobre a Europa, Ryabkov afirmou que programas de remilitarização em larga escala foram lançados no continente sob o pretexto de uma suposta ameaça russa.
"A Rússia está seriamente preocupada com a retórica da UE de que Moscou está supostamente se preparando para um ataque à Europa", destacou o diplomata.
O vice-ministro reforçou que a Rússia não pretende atacar países da União Europeia ou da OTAN, e está disposta a formalizar esse compromisso juridicamente.
"É claro que não vamos atacar os países da UE e da OTAN. A Rússia não persegue os objetivos conquistadores atribuídos ao nosso país. Como já mencionado pelo presidente da Rússia, estamos até prontos para registrar isso juridicamente", declarou Ryabkov.
Ao final, Ryabkov frisou que a Rússia tem demonstrado máxima moderação diante das provocações e atitudes aventureiras da OTAN, enviando sinais de alerta aos seus adversários.
Por Sputnik Brasil
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