Cerca de 130 estudantes nigerianos que ainda permaneciam em cativeiro após o sequestro em uma escola católica no estado de Níger foram libertados neste domingo (21), conforme informou o porta-voz do presidente Bola Tinubu.

A libertação ocorreu após uma operação conduzida pelos serviços de inteligência militar. Os estudantes faziam parte do grupo de mais de 300 alunos e 12 funcionários sequestrados por homens armados no internato católico St. Mary's, localizado na vila de Papiri, em 21 de novembro do ano passado.

Cinquenta crianças conseguiram escapar logo após o sequestro, e, em 8 de dezembro, o governo nigeriano anunciou o resgate de outras 100 crianças.

O episódio foi um dos maiores sequestros em massa registrados no país nos últimos anos, atribuídos a gangues armadas que frequentemente atacam escolas em busca de resgates. Desde o sequestro de 276 meninas em Chibok, em 2014, por militantes do Boko Haram, a incidência desse tipo de crime aumentou significativamente.

A Nigéria, com mais de 200 milhões de habitantes e cerca de 200 grupos étnicos, é dividida entre um norte majoritariamente muçulmano e um sul predominantemente cristão.

Nos últimos 15 anos, grupos insurgentes provocaram milhares de mortes, principalmente no nordeste, região de maioria muçulmana.

Na região central, são frequentes os confrontos entre pastores muçulmanos e agricultores cristãos por recursos como água e pastagens. Já no noroeste, homens armados costumam invadir aldeias, sequestrando moradores para exigir resgates.

Por Sputnik Brasil