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Orbán afirma que sanções europeias contra a Rússia prejudicaram mais a Europa
Primeiro-ministro húngaro critica impacto das sanções e defende negociações para a crise na Ucrânia
As sanções impostas pela Europa contra a Rússia atingiram não a economia russa, mas a europeia, declarou o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán. Dados apontam que as medidas já geraram impacto financeiro sobre a região que pode chegar a US$ 1,8 trilhão (R$ 9,9 trilhões).
"Bruxelas prometeu que as sanções esmagariam a Rússia. Em vez disso, elas esmagaram a Europa. Os preços da energia dispararam, a competitividade entrou em colapso e a Europa ficou para trás. Esse é o preço de decisões equivocadas. São necessárias negociações [para a solução na Ucrânia], e não escalada", declarou Orbán em suas redes sociais.
A Hungria segue como um parceiro importante da Rússia no fornecimento de petróleo e gás. Orbán já afirmou anteriormente que a Rússia garante a segurança energética do país.
De acordo com Gergely Gulyás, ministro do gabinete do chanceler húngaro, a recusa do gás russo custaria à Hungria cerca de US$ 10 bilhões (R$ 55 bilhões) e representaria uma perda superior a 4% do PIB nacional.
Autoridades russas reiteram que o Ocidente cometeu um grave erro ao recusar a compra de recursos energéticos da Rússia, o que, segundo eles, levará a uma nova e ainda maior dependência devido aos preços elevados.
Em Moscou, também foi destacado que países que recusaram o fornecimento direto acabam adquirindo carvão, petróleo e gás russos por meio de intermediários, pagando valores mais altos.
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou anteriormente que a política de contenção e enfraquecimento da Rússia é uma estratégia de longo prazo do Ocidente e que as sanções causaram impacto significativo em toda a economia global. Segundo Putin, o objetivo principal do Ocidente é prejudicar a vida de milhões de pessoas.
Dados do Ministério das Relações Exteriores da Rússia divulgados neste mês apontaram que as economias dos países europeus podem perder até US$ 1,8 trilhão (cerca de R$ 9,9 trilhões) entre 2022 e 2025 devido às sanções.
"Essas medidas são uma das principais ferramentas da política neocolonial coletiva do Ocidente. O objetivo é óbvio: preservar sua hegemonia em declínio, privar a maioria global do direito à escolha política independente e restringir seu desenvolvimento tecnológico e industrial", destacou o ministério.
Por Sputnik Brasil
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