O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta segunda-feira (15) que o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) deixou o país pela fronteira com a Guiana. De acordo com investigações da PF, o parlamentar conseguiu entrar nos Estados Unidos utilizando um passaporte diplomático.

A saída ocorreu em setembro, período em que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou Ramagem, Jair Bolsonaro e outros seis envolvidos por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado — todos foram condenados pela Primeira Turma do STF.

Segundo informações do portal G1, Ramagem cruzou do Brasil para a Guiana e, em Georgetown, capital do país, embarcou em um voo com destino aos Estados Unidos. Para ingressar em território norte-americano, utilizou o passaporte diplomático, apesar de haver determinação para seu cancelamento.

Andrei Rodrigues destacou que a Polícia Federal está revisando os protocolos relativos a passaportes diplomáticos para evitar novos episódios semelhantes. O diretor-geral afirmou ainda que a intenção é implementar bloqueios tanto no sistema da PF quanto da Interpol, embora o cancelamento seja atribuição do Ministério das Relações Exteriores.

Ramagem pode renunciar ao cargo

O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), declarou nesta segunda-feira (15) que Ramagem cogita renunciar ao mandato em 2026, caso opte por pedir asilo político nos Estados Unidos.

Segundo Sóstenes, o partido defende que o processo de cassação siga o rito na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), permitindo que Ramagem avalie se lutará ou não para manter o mandato.

De acordo com artigo do portal UOL, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pretende votar a cassação de Ramagem antes do recesso parlamentar, previsto para 18 de dezembro.

Por Sputinik Brasil